Página  >  Edições  >  N.º 142  >  Estudo alerta sobre efeitos nocivos dos telemóveis na saúde das crianças

Estudo alerta sobre efeitos nocivos dos telemóveis na saúde das crianças

OBJECTOS PERIGOSOS

De acordo com as recomendações contidas num estudo divulgado pela Organização de Protecção Radiológica (OPR) da Grã-Bretanha, as crianças com menos de oito anos só deveriam usar telemóveis em caso de emergência e os próprios adultos deveriam adoptar uma "atitude cautelosa" face a estes aparelhos.
Esta é a primeira vez que este organismo britânico divulga advertências claras sobre os potenciais efeitos nocivos sobre a saúde provenientes das ondas electromagnéticas emitidas por telefones móveis ou das que são geradas pelas torres de transmissão.
 "É compreensível que os pais queiram que os filhos utilizem telemóveis por razões de segurança, mas devem estar conscientes de que podem existir riscos", declarou recentemente a ministra britânica da Saúde, Rosie Winterton. O director da OPR, Sir William Stewart, refere que fez recomendações similares há cinco anos mas que foram totalmente ignoradas pelo público.
Neste período, o uso de telemóveis entre crianças duplicou e, segundo um estudo recente, um quarto das crianças britânicas a frequentar a escola primária possui um destes aparelhos. A percentagem sobe para 90% entre os jovens de 11 a 16 anos.   Estima-se que em todo o mundo cerca de 1,5 mil milhões de pessoas utilizem a telemóvel.
Há alguns anos que persiste a discussão sobre o risco que esta tecnologia representa para a saúde dos utilizadores. O debate ressurgiu devido a investigações recentes, entre elas algumas que sugerem que os telemóveis podem afectar o cérebro e o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças como o Alzheimer ou o cancro.
Em Outubro do ano passado, o instituto sueco Karolinska publicou um estudo que afirma que as pessoas que utilizam telemóveis por um período igual ou superior a dez anos correm o risco de desenvolver um tumor benigno, chamado neuroma acústico, devido à proximidade do tecido cerebral.
Um outro estudo, financiado pela União Europeia, afirma por sua vez que as ondas produzidas pelos telefones portáteis danificam as redes que transportam a informação genética contida no núcleo das células humanas.


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Edição:

N.º 142
Ano 14, Fevereiro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo