Uma equipa de investigadores do Instituto Cochin de Paris, dirigida pelo professor Axel Kahn, desenvolveu um novo método para multiplicar o número de "células-mãe", susceptível de permitir o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas na luta contra o cancro. Presentes na maior parte na medula óssea e, em menor medida, no sangue, estas células têm a capacidade, em função das necessidades do organismo, de se renovar ou diferenciar para reconstituir o conjunto de células do sangue de um indivíduo, especialmente depois de um transplante. Assim, uma célula-mãe pode, em princípio, tornar-se, indistintamente, uma célula do coração, do braço ou do intestino. No entanto, o número destas células-mãe é insuficiente para se poder pensar em utilizá-las no transplantes de medula ou em terapias celulares ou genéticas. Para minimizar este inconveniente, os investigadores esforçaram-se para encontrar os meios que favorecem a sua multiplicação, recorrendo, nomeadamente, a uma proteína chamada HOXB4, que tem a propriedade de estimular a produção destas células sem que seja necessário introduzir no organismo o gene necessário à sua produção.
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