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Poesias inesperadas e tardias

Nos últimos anos de vida, Marlene Dietrich, quando não tinha sono, escrevia poemas de amor aos seus antigos amantes. A revelação foi feita em Novembro p.p. pelo jornal Die Welt que anuncia, para breve, a edição dessa obra poética.

Mais para Oriente , anuncia-se a compilação de 53 poemas da imperatriz Michiko do Japão, a ser publicados, ainda este mês, na língua francesa. Trata-se de poemas escritos por Michiko, de 71 anos, entre 1959, quando se casou com o imperador Akihito, e 1996.
Poeta tardio foi Darcy Ribeiro, embora a sua prosa tenha sido sempre poética. ?Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas?.
Dele retenho, na hora da despedida, a vontade de querer ?mais vida, mais amor, mais travessuras?. Retenho um aviso: ?a você que fica aí inútil, vivendo essa vida insossa, só digo: Coragem! Mais vale errar se arrebentando, do que preparar-se para nada. O único clamar da vida é por mais vida bem vivida?
Há frases que ficam gravadas como poemas, embora sejam sentenças! Mário Soares, na noite das presidenciais de 2006 disse que derrotado é apenas o que desiste de lutar. Valeu pela noite e serve para saudar o João Rita que iniciou este espaço e que discretamente se despede
De JR para JR, este segundo de Júlio Roldão que herdou o canto da poesia deixado pelo Rita. Coisas de velhos. Que de tanto teimosos não desistem.

Uma prosa de JR


  
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Edição:

N.º 153
Ano 15, Fevereiro 2006

Autoria:

Júlio Roldão
Jornalista do Jornal de Notícias
Júlio Roldão
Jornalista do Jornal de Notícias

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