No ano em que completou 25 anos o FITEI abriu com uma Indecência Flagrante
Diz-se que, este ano, no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica,
a partir de agora denominado FITEI, a Má Companhia, criada no âmbito da
Academia Contemporânea do Espectáculo, vai andar pela rua. Mas o que foi
badalado aos quatro ventos, e ninguém pode negar, é que o festival abriu com
uma "Indecência Flagrante", levada à cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
Este ano, na vigésima quinta edição, a das bodas de prata, o número de
visitantes, que é como quem diz espectadores, começa a contar nos setecentos
mil, tantos quantos já assistiram ao total dos espectáculos das edições
anteriores. Além daquela "Indecência", bem o melhor é ouvir Maria Adelaide
Amaral, escritora e dramaturga nascida no Porto mas há muito radicada no
Brasil.
Na Mensagem ao XXV FITEI, Maria Adelaide Amaral recorda a história de Téspis, o
grego que, no século VI a.C., "usando uma túnica e uma máscara desceu
solenemente os degraus do altar improvisado sobre uma carroça e, sem esperar
que a multidão se refizesse do inesperado, afirmou: "Eu sou Dionísio!"".
Teatro, já se vê. Essa coisa que se move "sob o signo da liberdade, da alegria
e da transgressão" e que se faz "celebração, desafio, arena de conflitos,
líbelo contra a tirania". Ainda está a tempo de ir, este ano, ao FITEI. Quando
esta página lhe chegar às mãos o programa que resta é o seguinte:
05-06-2002 Companhia do Latão - Auto dos Bons Tratos
05-06-2002 Companhia Teatral Martim Cererê - Escuta, Zé
07-06-2002 Companhia Teatral Martim Cererê - Puro Brasileiro
07-06-2002 CAT - Centro Andaluz de Teatro - La Lozana Andaluza
07-06-2002 Companhia ACE/ Bur-Bur - As Águas
08-06-2002 Maria Emília Correia/Teatro Trindade - Menino ao colo
09-06-2002 Companhia Ruth Escobar - Os Lusíadas
09-06-2002 L'Avalot y Discipulos de Morales - Proyecto Cabeza
Não perca. São as bodas de prata do FITEI.
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