Juntamente com a sociedade democrática está a luta por um projecto político-pedagógico emancipatório, que prepare os seus alunos para a construção de uma nova sociedade. Não será qualquer escola que servirá tais propósitos.
Talvez para isso seja necessário rever as escolhas metodológicas, as relações dos profissionais da escola com os alunos e com as suas famílias, a selecção de materiais didácticos, o processo avaliativo. Yalvez o próprio currículo tenha de saer redireccionado, para que a escola forme pessoas confiantes na sua própria capacidadem, no seu próprio saber. Confiantes na força do colectivo e capazes de solidariedade, generosidade, respeitando a natureza e, portanto, a vida.

Recreio, aula de arte, de música, de educação física, qualquer actividade fora da sala... se tudo isto é perda de tempo e não pretende mudar de ideias - este livro não é para si.Se você é daqueles que acha, que estas coisas devem ser incluídas quando não se tem outra matéria para dar... - este livro continua a não ser para si. Com certeza você não sabe o que é ou nunca deu asas à imaginação. E "a imaginação é mais importante que o conhecimento, pois ele é limitado, enquanto a imaginação pode abranger tudo o que existe no mundo, incentiva o progresso, é fonte de evolução e, no sentido estrito, é factor real de investigação científica". (Einstein)

Perceber a omnipresença do futebol não passa de uma obviedade. Mas qual a importância do desporto nacional para a educação? Como aproveitar o tema futebol na escola? Este livro, que reúne diferentes pensadores e profissionais especialistas em educação física, intelectuais como Eduardo Galeano e Salman Rushdie, assim como uma entrevista com Juca Kfouri, tenta captar o momento actual do desporto brasileiro e mundial em época de globalização. Quais e como se dão as relações do futebol com o mercado, com o dinheiro, com o poder e os donos do poder? Como pode a escola absorvê-lo num sentido didáctico e amplamente educativo? Estas são as motivações que geraram este livro.

João Baptista Bastos (org.)
Chico Alencar, Marília Pontes Spósito, Vitor Henrique Paro
Juçara da Costa Grácio, Regina Célia Aguiar
Tarso

Genro, Maria Lúcia de A. Fortuna
Antônio Eugênio do Nascimento

DP&AEditora

O que é a gestão democrática da escola? Quem são de facto os seus agentes? Erste livro, ao responder a estas questões, faz um convite para que professores, funcionários alunos, pais e toda a comunidade participem e se comprometam politicamente com a construção de uma escola e uma sociedade democráticas.
A gestão democrática é um exercício de cidadania, fundamental para o avanço da sociedade que planeia ser mais justa e igualitária. Para a sociedade, e para os trabalhadores em educação, a democracia da e na escola é o único caminho para a reconstrução da escola pública de qualidade.

Edwiges Zaccur (org.)
Magda Becker Soares
Ana Luiza Bustamonte Smolka
Sônia Kramer, João Wanderley Geraldi

DP&A Editora

O que somos, o que sabemos, nosso poder de afirmação passam pela linguagem. Discutir a linguagem é ir ao encontro de uma multiplicidade de questões que desafiam o pensamento. Se "tudo é linguagem" nos diferentes contextos e interlocuções, faz-se necessário conhecer melhor a linguagem nossa de cada dia. Se a linguagem, como objecto de estudo, diz respeito a várias ciências, da antropologia à linguística, da psicologia às neurociências, além da filosofia e da estética, é preciso abordá-la por diferentes enfoques. Esta é a proposta que norteia a magia da linguagem.

A democracia não é apenas um regime político, mas sobretudo um sistema social que penetra em todos os espaços da sociedade, inclusive no quotidiano da escola. A democracia no quotidiano da escola aborda o tema da democracia a partir de diferentes ângulos vinculados à discussão sobre as possibilidades e limites de uma acção política e pedagógica democrática e democratizante nas escolas. É um debate em torno da democracia possível e desespaços de interacção do quotidiano nos quais nos inserimos como sujeitos sociais, actores/ autores de práticas dinâmicas, plurais e complexas.

Saúde e educação analisa a questão da infraestrutura nas regiões de população de baixo rendimento e as consequentes dificuldades de vida e de educação daí decorrentes. Como falar de saúde, ou ensinar a "lavar as mãos", ou ensinar a busca de uma alimentação equilibrada, a quem sofre de necessidades básicas como água canalizada, ou de necessidades primárias como alimento regular? Pautado em pesquisas da Fiocruz, em experiências como o projecto Sementinha, este livro retorna à questão saúde e educação, um velho e conhecido tema da sociedade.

O saber sexual das crianças é a quarta parte de um estudo de crianças feita pelo autor em Portugal, Galiza e Chile, entre 1996 e 1999. Toda a sociedade tem duas culturas essenciais: a do adulto e a da criança. O adulto pensa que entende e conhece a pequenada, enquanto essa miudagem tem um saber próprio que não quer mostrar a ninguém. Um saber que aparece apenas entre os da sua idade, geração ou amizade. Palavras, jogos, brincadeiras, desenhos, análises da vida do adulto em cadernos escritos por eles mostram esse saber.
Essencial para entender a criança enquanto entidade sã e não como ser doente, por ser diferente do modelo esperado. É o que este livro defende no aspecto mais difícil do saber, o desejo expresso pelos pequenos e o imaginário para entender a afectividade adulta. Como se fosse uma árvore calada e com olhos, o autor estudou, durante quatro anos, três grupos de quinze crianças em continentes diferentes, contextualizado pelos arquivos e histórias de vida de anos e séculos anteriores. A hipótese é clara: o saber da criança é o resultado da interacção com o adulto e da liberdade manipulada para interagir entre iguais, novos como eles. Livro essencialmente etnográfico, feito pelas crianças e escrito como texto teórico pelo autor, deve ser considerado para alargar os programas de ensino da infância.

Os estudos relativos ao desenvolvimento da inteligência e da personalidade na idade adulta e durante a velhice inserem-se em quadros conceptuais diversos e utilizam métodos variados. Algumas investigações longitudinais, realizadas nos Estados Unidos e Alemanha, acompanharam as mesmas pessoas durante várias décadas. A partir de múltiplos fios condutores, estreitamente entrelaçados, esta obra, profusamente ilustrada, apresenta, pela primeira vez em português, uma síntese crítica dessa abundante literatura. Aborda temas que interpelam existencialmente cada um de nós, como os objectivos e o sentido da vida, a felicidade, o perdão e as reacções de cada um face ao seu próprio envelhecimento. A obra também esclarece, em proveito dos que trabalham nos diferentes sectores das ciências humanas, as implicações educativas que emanam dos estudos relativos à estimulação do desenvolvimento. Lançam-se, deste modo, os fundamentos para uma "educação ao longo de toda a vida".

A autonomia e gestão das escolas e os territórios educativos têm estado no centro da discussão sobre as políticas educativas. Este livro reúne um conjunto de textos produzidos nos últimos três anos em torno destas problemáticas. Eles procuram dar conta dos vários sentidos da mudança educativa e das escolas, bem como das tendências das políticas educativas contemporâneas, da praxeologia da Administração e do carácter instrumental da sua acção, incorporando ainda as perspectivas em confronto sobre a autonomia da escola - as suas potencialidades e os seus limites -, as dinâmicas locais da territorialidade educativa, as lideranças organizacionais e os projectos educativos.

Apresentando uma visão de professor como um profissional "prático-reflexivo", este caderno procede

a uma revisitação deste modo de ser professor, analisa e propõe diversas estratégias de investigação-acção-formação congruentes com um desempenho pedagógico ao serviço do desenvolvimento pessoal e profissional.
A descrição e a exemplificação de diversos instrumentos que o professor pode utilizar para melhor conhecer e a avaliar as suas práticas - como é o caso dos Portfolios, do Vês heurísticos e dos mapas conceptuais - são o objecto central desta publicação e constituem-se como referência fundamental para os professores que querem intervir de outro modo na construção da profissão.

Propõe-se este trabalho equacionar algumas das questões que estão implicadas na formação: esta é pensada como uma interacção específica que obriga a (re)colocar em análise as grandes problemáticas que emergem no espaço organizacional que é a escola: a sua margem de autonomia, a sua liderança organizacional, o tempo, a participação dos alunos e pais, o contexto social, as dinâmicas decorrentes das políticas educativas...
Trata-se aqui de abordsar a formação também numa perpsectiva construcionista que não só atribui ao sujeito um papel activo, como coloca a ênfase nas suas construções específicas que são partilhadas exteriormente. A formação desenvolver-se-á fazendo a sua dinâmica entre o pólo individual (o professor) e o pólo colectivo (o grupo e/ou organização). Ao formador caberá mobilizar um conjunto de concepções sobre as representações dos sujeitos, sobre as dinâmicas dos grupos, sobre a organização da escola. Mobilizar os saberes e as experiências que decorrem das práticas, é um desafio que assumem formadores e formandos, quando centram a sua formação em modalidades que proporcionem uma exploração reflexiva.