(AFP) Sessenta mil chamadas no total e 15 mil apresentando casos explícitos é o resultado dos três primeiros meses de funcionamento da linha verde contra a violência escolar, lançada em fevereiro deste ano no departamento de "Île-de-France", região que corresponde sensivelmente à área metropolitana de Paris. De acordo com Julien Dray, vice-presidente do conselho regional - encarregue, nomeadamente, da segurança da cidade -, e principal responsável por este número anónimo e gratuito, 90% dos telefonemas são feitos por jovens, 67% dos quais vítimas directas de violência. As queixas são principalmente acerca de extorsão (37%), violência física (35%9 ou verbal (11%), roubo (5,3%) e vandalismo (0,4%). A violência desenrola-se essencialmente no interior dos estabelecimentos escolares (40%) ou nas suas proximidades (11%), tendo igualmente lugar na rua (26%), nos transportes públicos (3%), na família (14%) ou em locais onde os jovens costumam praticar desporto (6%). Nos casos de extorsão, 45% são praticados no estabelecimento de ensino e 17% à saída da escola. Paralelamente, 69% das vítimas declaram conhecer o agressor e em 53% dos casos são alunos da mesma escola.. "Estes números mostram a amplitude do fenómeno e contrariam a concepção de que o escola funciona como um "santuário" que protege da violência exterior", afirma Julien Dray. Todos os direitos de reprodução e de representação reservados. @ 1999 Agence France-Presse sobre @ da Agence France-Presse
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