MÁ EDUCAÇÃO
O governo britânico anunciou no fim de Julho um plano nacional de ajuda à juventude ociosa, exactamente no dia em que um estudo colocava os adolescentes da Grã-Bretanha como os mais mal-educados da Europa.
Comparados com os outros jovens europeus, os adolescentes britânicos são mais zaragateiros, indisciplinados e têm maior tendência para o uso de drogas e relações sexuais antes dos 16 anos, revelou o Instituto de Pesquisa Política e Social (IPPR), ligado ao Partido Trabalhista (no poder).
«Passam mais tempo com os amigos do que com os adultos, e isto permite que cometam actos de vandalismo ou se comportem de forma anti-social», explicou a especialista do IPPR Júlia Margo.
O IPPR defende a realização de actividades obrigatórias após as aulas para combater o ócio entre os adolescentes, e sugere actividades como artes marciais, teatro ou desportos. A secretária de Estado para a Juventude, Beverley Hughes, apresentou no dia 26 de Julho, ao Parlamento, um projecto de 124 milhões de libras (cerca de 200 milhões de euros) em três anos, para financiar a criação de locais "atractivos e modernos" para os jovens.
O governo do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair já tinha criado, em 2005, um fundo de 115 milhões de libras (cerca de 190 milhões de euros) que oferecia cursos para disc-jockey, clubes de pesca e aulas nocturnas para jovens mães. Pelos vistos, a solução para a crescente má educação e a violência não passa por estes paliativos.
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