DIREITOS
Uma estudante britânica de confissão muçulmana, Shabina Begum, viu reconhecido o seu direito de usar na escola o "jilbab", um longo vestido que apenas deixa a descoberto as mãos e o rosto. A jovem, que foi defendida por Cherie Booth, mulher de Tony Blair, tinha perdido o seu caso num tribunal de primeira instância, ganhando agora em segunda instância. A justiça inglesa considerou, da primeira vez, que o liceu Denbigh, em Luton, tinha o direito de excluí-la por ela se negar a usar o conjunto de saruel e túnica adoptado, em geral, pelas alunas muçulmanas. Shabina, actualmente com 16 anos, recusou-se na altura a usar este traje por considerar que ele não cobria o seu corpo de forma apropriada. De acordo com o tribunal, o liceu de Luton negou, o direito de a jovem praticar a sua religião. "Esta decisão é uma vitória para todos os muçulmanos que querem preservar a sua identidade e os seus valores, apesar dos preconceitos e do fanatismo", afirmou à saída do tribunal Shabina, que actualmente frequenta outra escola.
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