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Centros de Educação Unificada: modelos de inclusão social no Brasil

A nova escola de Taís de Souza, de onze anos, localizada num bairro pobre de São Paulo, pouco tem a ver com a escola em que ela estudava anteriormente: "Aqui há uma piscina, um cine-teatro, uma sala de informática e aulas de francês", explica a menina, que frequenta o 10º Centro de Educação Unificada (CEU) que a prefeita (presidente da autarquia) de São Paulo, Marta Suplicy, do Partido dos Trabalhadores (PT), inaugurou recentemente no bairro do Ipiranga, na zona sul daquela cidade.
?Trinta e cinco por cento do orçamento da cidade mais rica do Brasil destina-se à educação. Desde o início do nosso mandato, em 2001, a nossa prioridade tem sido a inclusão social numa cidade onde há cerca de 1,4 milhões de desempregados", disse a prefeita no discurso de inauguração.
Os CEU fazem parte de um ambicioso projecto de inclusão social através do qual cada comunidade pode usar gratuitamente as instalações desportivas e culturais da escola local. A prefeitura prevê a instalação de 21 CEU, com capacidade para 2.500 alunos, até ao final deste ano, dez dos quais se encontram já em funcionamento. No final do projecto, os CEU terão um total de 50 mil vagas.
Nestes centros educativos todos os alunos tomam o pequeno-almoço, recebem material escolar e um uniforme gratuitamente. A única contrapartida exigida é a frequência das aulas. "Principalmente nas manhãs de segunda-feira as crianças chegam famintas. É preciso garantir-lhes a alimentação se quisermos que aprendam alguma coisa", refere um dos funcionários ligados ao programa.


  
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Edição:

N.º 129
Ano 12, Dezembro 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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