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Cartas on-line

1 - A política de actualização de salários, defendida pelo governo para 2003, é:

? Justa
? Injusta


Pagam os mais fracos

São sempre os mais fracos a pagar. O Governo não fez o mínimo de esforço para cortar com a fraude fiscal. Apoia os mais ricos e poderosos e permite-lhes que continuem a roubar o Estado e ataca os trabalhadores.
A política do Governo é injusta. Deve aumentar a receita (combatendo a fraude fiscal) e fazer os aumentos salariais tendo em conta a inflacção real.
Joana Reis


Uma política insultuosa

Francisco Sarsfield Cabral escreveu o seguinte: «Enraizou-se na mentalidade nacional a ideia de que, aconteça o que acontecer, os salários têm sempre de subir. É um direito inato. (?) A luta contra a moderação salarial é o estandarte das greves em perspectiva. Mas o seu motivo mais profundo é a resistência às reformas (?) São vitais para o país, mas não interessam a quem receia perder regalias.»
Perder regalias? Quais regalias? Que regalias têm os trabalhadores que ganham menos de 500 euros por mês? Neste momento que dizem ser de tragédia e de críse (o que seria quando o déficit era de 7%, 8%? upa, upa) quero deixar aqui algumas questões:

  1. Como vai o gráfico dos lucros dos nossos empresários?
  2. Como vai o gráfico dos salários e demais prebendas dos que ocupam lugares nos Conselhos de Administração das empresas públicas e privadas?
  3. Qual vai ser o aumento líquido dos rendimentos do Governador do Banco de Portugal e, já agora, das excelências que o acompanham na Administração?
  4. A mesma pergunta para o Presidente e membros do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos.
  5. Qual o salário do Sr. João Salgueiro, gestor de bancos e figura useira a exigir sacrifícios aos pobres trabalhadores?
  6. Que aspecto tem o gráfico que compara o rendimento da classe dominante em Portugal com o da mesma classe na União Europeia?
  7. Como vai o gráfico da fuga aos impostos?
  8. Para o Orçamento do Estado qual é o montante do contributo dos trabalhadores e qual o dos patrões? E qual o dos apoios ao patronato?
  9. Quanto mete ao bolso o Sr Sarsfield Cabral e outros papagaios do poder? Qual vai ser o aumento deles? Que sacrifícios vão fazer?
  10. O Sr. Sarfield não perceberá o valor do aumento de um trabalhador que ganha 500 euros? Será maior do que aquilo que sua excelência paga por um simples pequeno-almoço?

Finalmente: porque estaremos nós trabalhadores condenados a ter de pagar a incompetência dos membros do Governo e dos papagios que os defendem? Não haverá Deus que mande um raio que os parta?

Celso Martins Gomes


2 - A política educativa do actual governo português está a ser:

? Adequada às necessidades
? Demagógica
? Incompetente


Patetices e mais patetices

A política educativa é pateta. É a política que podia ser decidida à mesa do café numa roda de amigos pouco conhecedores da coisa educativa.
Fico de boca aberta com a ignorância manifestada por quem dirige o ministério. Mas ainda fico mais espantado por ler grandes elogios ao ministro como aconteceu recentemente no Expreso e no Público. Isto mostra que se o ministro é ignorante (não falo daquelas coisas ditas Secretárias de Estado porque aí já rebentaram os limites da decência) a comunicação social ou quem nela escreve não lhe fica atrás.
Prejudicado é o país e sobretudo estas gerações que têm a desdita de estarem agora nas escolas.
Santos Guerra


Reforma curricular

A proposta de reforma curricular do secundário, desenvolvida pelo anterior governo foi amplamente debatida pelos diferentes interessados na educação. Sendo absolutamente necessária a reforma deste sector de ensino não se entende a sua suspensão sem qualquer perspectiva de solução à vista.
É absolutamente necessário dar ao ensino secundário mais vias que permitam tornar este ensino menos livresco e mais tecnológico. Por isso se entende ainda menos que a reforma tenha sido atirada ao lixo.
Existirá no actual ministério alguém capaz de desenvolver uma proposta de reforma? Não se conhece.
Lamentavelmente o actual ministro não tem mais do que umas quantas ideias banais, mais prejudiciais do que benéficas ao ensino.
É de terror imaginar que este estado de coisas se pode prolongar por mais quatro anos.
Pedro Paes


No presente não, mas no futuro!!! é que vai ser

No futuro a actual equipa do ministério da educação vai resolver os problemas da educação em Portugal. E não vai ser preciso dinheiro, vai ser tudo de graça. Uma reforma imaginada só precisa de imaginação.
Susana Dias


3 - A manterem-se as actuais políticas do governo em relação aos trabalhadores assalariados estes devem:

? Aceitar de forma colaborante as propostas do governo
? Fazer uma greve geral nacional


Greve sim mas bem preparada

Deve ser feita a Greve Nacional. Mas uma Greve Nacional não se faz de um momento para o outro. É preciso muita preparação e saber o grau de empenhamento de todos os sectores da sociedade e dos trabalhadores. Para que resulte não deve haver pressa. Deve é haver muito trabalho preparatório.
Teresa Costa


É preciso esclarecer!

Uma greve geral não é coisa para fazer todos os dias. Julgo que só foram feitas duas (ou três) em Portugal. Para se chegar a essa situação é preciso que toda a gente esteja consciente das consequências da política que está a ser feita. Julgo que esse esclarecimento está ainda por fazer.
Júlio Serqueira


4 - Paulo Portas deve:

? Demitir-se
? Manter-se no governo


Coerência

Por uma questão de coerência e de respeito pelas instituições do Estado, Paulo Portas deve pedir a demissão.
Desta vez não deve dizer eu FICO! Deve dizer eu VOU.
Pedro Palma


Promessas

O Dr. Paulo Portas devia demitir-se ou ser demitido. Assim ficaria livre e com tempo para voltar a visitar os velhotes e as velhotas nacionais e prometer-lhes aumentos da pensão de reforma. Tinha pelo menos uma utilidade sempre distraía a terceira idade que bem precisa de divrtimentos nos lares. Também podia voltar a por o boné e a ir tirar leite às vacas. Deste modo sempre oferecia um dia mais divertido e diferente a alguns lavradores.
Assim é que não dá nada. Anda ansioso para justificar o injustificavel e só atrapalha a tropa.
Eunice Pereira


Gosto muito do sr ministro

O sr Paulo Portas é um grande político. Ele sabe falar, sabe rir, sabe fazer cara de ministro, sabe fazer-se de deputado, sabe vestir-se conforme o que for preciso, sabe por um boné e ele não mete o dedo no nariz em público. O sr Paulo Portas é um político muito esperto, ele sabe dizer o que as pessoas querem ouvir e sabe mentir sempre que é preciso. Ele também sabe aldrabar as pessoas em especial os velhinhos e as velhinhas e os agricultores analfabetos. Quando é preciso ele também aldraba os generais e estes até ficam danados, mas depois ele lixa-os. Eu acho muita graça ao sr. Paulo Portas. Se ele quiser deixar de ser do governo eu gostava muito que ele fosse trabalhar para o circo. Ele no circo havia de fazer coisas muito engraçadas e a gente havia de se rir muito.
Mónica Sustelo

  
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Edição:

N.º 117
Ano 11, Novembro 2002

Autoria:

Redacção

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