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Universidade Experimental do Meio Ambiente

Ideias para um Projecto

Sentamo-nos à volta da mesa; o Paulo Serralheiro, a Helena Ricca, o Luís Pinto, o Queirós e eu. Depois, numa sessão seguinte tivemos o concurso do Rangel. Lateralmente entrou na "roda" o Franklin que por sua vez anda envolvido num grupo, em Braga, com afinidades neste projecto, onde o desenvolvimento ecologicamente sustentado é a base essencial.

 

1. Filosofia para o local da U.E.M.A.

A morfologia das edificações será como uma espécie de envelope espacial adaptável às várias funções sociais que determinam a estratégia de universidade livre. Ora a função estratégica do conteúdo pedagógico da universidade livre, consiste essencialmente em propor uma tomada de consciência das questões do meio ambiente e sobretudo a necessidade dum processo de implantação de homens no território onde o desenvolvimento seja ecologicamente sustentável. Essa tomada de consciência faz-se através duma vivência concreta. Ora esta edificação proposta para a universidade livre do meio ambiente, pretende ser uma experiência exemplar em que morfologia, sistemas de funcionamento e escolha de materiais se tornem a expressão didáctica do processo ecológico.
A estrutura arquitectónica revela em termos eco-técnicos o funcionamento dum eco-sistema auto-regulável pela intervenção humana.
O edifício é assim um nicho, um abrigo, um biótopo que procura relacionar-se com a natureza envolvente, duma forma saudável: bioclima, energias renováveis, reciclagem de lixos, materiais naturais, são as opções centrais deste eco-design explicitado na organização territorial, na arquitectura e no mobiliário.


2. Programa logístico

    1. Auditório e sala polivalente;
    2. Laboratório oficinal e terreno para demonstração de protótipos ecológicos: biodigestor de gás metano, diferentes eólicas, fornos solares e colectores solares, etc.
    3. Atelier de saúde: sauna, massagem, hidroterapia, dança, etc.
    4. Centro informático de documentação e mediateca;
    5. Sala de exposições;
    6. Cozinha e cantina;
    7. Hortas, estufas, jardim aromático e medicinal com as respectivas estruturas de apoio. Este território dará lugar a várias práticas de agricultura biológica, paisagismo, jardinagem, permacultura, biodinâmica, etc.
    8. Lago eco-e.t.a.r.;
    9. Lago-piscina;
    10. Bosque e viveiro;
    11. Centro lúdico com jardim de aventuras;
    12. Apoios sanitários;
    13. Arrumos;


3. O Projecto arquitectónico

Falamos ao arquitecto Agostinho Ricca. Em breve recebemos os primeiros esquissos dum projecto.


4. Os sistemas eco-tecnológicos

Estamos a estudar materiais de construção, estufas, processos de aquecimento, protótipos de energia renovável, etc....

5. O funcionamento dum projecto eco-educativo

6. Eco-Design

Mobiliário de interior e mobiliário para exterior.

7. Organização Territorial

Eventual refúgio, casas unifamiliares e estruturas de apoio comunitário, hortas, jardins, bosques e lago.

 

O Ponto da situação

O grupo de trabalho necessita de se alargar. Exigências transdisciplinares fazem com que este projecto procure colaboradores, contactos com outras instituições congéneres e sobretudo aguarda-se por uma câmara ou junta de freguesia susceptível de apoiar logisticamente este projecto numa "régie", em que vários intervenientes e sujeitos institucionais possam encontrar uma estratégia comum de formação civil à consciência ecológica e manutenção de espaços públicos exemplares.
Se estiveres interessado, contacta-nos através do e.mail: pagina@mail.telepac.pt

Jacinto Rodrigues
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto


  
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Edição:

e
Ano 9, Dezembro 2000

Autoria:

Jacinto Rodrigues
Fac. de Arquitectura da Univ. do Porto
Jacinto Rodrigues
Fac. de Arquitectura da Univ. do Porto

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