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Livros

OCCIDENTE
Hontanares, Sentidos, Valores

Octavi Fullat

Centro de Estudos em Educação e Psicologia
Universidade do Minho
pp. 185

Um livro que aborda o tema do ocidente e das suas matrizes culturais, a partir da hermenêutica de textos fundadores - Bíblia, Eneida e dos sentidos e valores que eles veiculam, nomeadamente a procura do Absoluto transcendente no primeiro caso, e a movimentação entre tempos e lugares do universo imanente nos outros dois. A identidade cultural da europa emerge no acontecimento-síntese da Encarnação do Absoluto no relativo, e manifesta-se em símbolos tais como os do Pantocrator no mundo bizantino e medieval, do Uomo no Humanismo renascentista, da Razão no século das luzes, da tendência para a diluição de qualquer absoluto nos tempos actuais.
O autor acredita, no entanto, que mesmo nesta geral desorientação se mantém a força dos valores que presidiram à gestação da europa e do ocidente, e que ao lado da euforia romana da eficácia que anima a técnica de hoje e da vertigem helénica da procura do saber que informa as ciências actuais, continua a postular-se que o respeito pela dignidade do homem, carcaterística da tradição hebraica, deve presidir à marcha da nossa civilização na caminhada do novo milénio.

 

ESCOLA INCLUSIVA E APOIOS EDUCATIVOS

Saul Neves de Jesus
Maria Helena Martins

Edições Asa
pp. 30

"A socialização dos alunos parece-nos ser a grande vantagem do novo modelo de Escola Inclusiva, porque, no que diz respeito à motivação para a aprendizagem pelos alunos, podem ocorrer algumas dificuldades. A heterogeneidade existente entre os alunos pode ser positiva e factor de dinâmica na turma, mas também pode comportar algumas implicações negativas.
Nomeadamente se o professor utiliza um ritmo de ensino mais lento e apresenta conteúdos mais fáceis, de forma a que os alunos com menos capacidades compreendam e acompanhem a matéria, pode fazer com que os alunos mais capacitados se desinteressem. Se, ao contrário, o professor procura cumprir o programa, utilizando ritmos, exercícios e estratégias que ultrapassam a capacidade dos alunos mais fracos, estes podem desinteressar-se ainda mais e não aprender os conteúdos programáticos. Neste sentido, o aumento da heterogeneidade e das diferenças individuais dos alunos na turma é efectivamente um problema para muitos professores".

(Excerto retirado da obra)

 

AS IDEOLOGIAS EDUCATIVAS EM PORTUGAL
NOS ÚLTIMOS 25 ANOS

José Alberto Correia

Edições Asa
pp. 32

Neste trabalho, procurámos caracterizar quatro modos legítimos de definir a educação - a definição política, a definição jurídica, a definição economicista e a definição organizacional - que inspiram outras tantas ideologias educativas - a ideologia democratizante e crítica, a ideologia democrática, a ideologia da modernização e a ideologia da inclusão - cujo papel na definição da educação deve ser realçado.
Embora não cubram o conjunto das ideologias que estruturam o campo educativo em Portugal nestes últimos 25 anos, estas ideologias devem a sua notoriedade ao facto de se terem instituído como referenciais mais ou menos estáveis e coerentes em torno dos quais as restantes ideologias educativas se tiveram de reconverter para garantirem o seu protagonismo.

 

A CONSTRUÇÃO DA DISCIPLINA NAS ESCOLAS

João da Silva Amado

Edições Asa
pp. 79

A questão da disciplina é um problema que muito contribui para uma crescente imagem negativa da escola, afligindo pais e professores dos diversos graus de ensino. Em toda a parte, sejam quais forem as características dominantes do meio social em que as escolas estejam implantadas, o lamento de muitos daqueles é o mesmo: os alunos não tê m regras, não sabem ou não querem comportar-se dentro das normas, estão desmotivados, a escola não lhes diz nada..."
Neste caderno analisam-se as causas desta situação, descrevem-se três níveis em que a indisciplina se manifesta e propõe-se diversas estratégias para a construção da disciplina nas escolas.

 

OS HIPERMÉDIA EM CONTEXTO EDUCATIVO

Ana Amélia Amorim Carvalho

Centro de Estudos em Educação e Psicologia
Universidade do Minho
pp. 486

Os documentos hipermédia, ao integrarem vários formatos como textos, imagens e vídeo e estando estruturados segundo uma representação não linear da informação, facultam ao utilizador uma interacção constante com a informação disponível, levando-o a construir o seu conhecimento. Por esses motivos, estes documentos têm-se revelado apelativos na aprendizagem.
Começando por abordar o aparecimento e evolução dos documentos hipermédia em contextos de aprendizagem, a autora reflecte sobre as potencialidades dos hiperdocumentos na aprendizagem, evidenciando o papel da autonomia e do controlo do utilizador na exploração destes documentos. Caracteriza as diferentes estruturas do documento hipermédia, os elementos constituintes da interface e os cuidados a ter no seu design; a navegação e os problemas de desorientação bem como as ajudas à navegação. É ainda, evidenciada a importância da realização de testes de usabilidade durante o processo de construção dos hiperdocumentos.
De seguida, e partindo das implicações do construtivismo na concepção de ambientes interactivos, menciona as teorias de aprendizagem mais significativas nesse contexto, dando ênfase à Teoria da Flexibilidade Cognitiva. Finalmente, é apresentado o estudo realizado que incide sobre a importância que têm na aprendizagem os hiperdocumentos estruturados segundo a Teoria da Flexibilidade Cognitiva. Por fim, e com base nos resultados obtidos, é feita uma reflexão sobre a Teoria da Flexibilidade Cognitiva.

 

PAIS/ FILHOS EM CONSULTA PSICOTERAPÊUTICA

Celeste Malpique

Edições Afrontamento
pp. 183

Este livro constitui uma síntese da experiência amadurecida da autora como clínica, psicoterapeuta e investigadora e dirige-se a psiquiatras da infância, pediatras, médicos de família, psicólogos, clínicos, assistentes sociais e outros técnicos de saúde e educação interessados na compreensão e intervenção em famílias com filhos nestas idades. Claro e pedagógico, Pais7 Filhos em Consulta Psicoterapêutica será, com certeza, de grande utilidade a estudantes universitários das áreas da Medicina, da Psicologia e da Educação.


  
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Edição:

N.º 93
Ano 9, Julho 2000

Autoria:

Redacção

Redacção

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