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Livros

REENCONTRO COM PORTUGAL NO BRASIL

Leonel Cosme
Gesto Cooperativa Cultural
pp. 99

Se até há pouco tempo os portugueses achavam que não valia a pena atravessar o Atlântico e sofrer calores de quarenta graus para verem o carnaval do Rio de Janeiro ou do Recife, o São João da Baía ou o Teatro da Ópera de Manaus (construído com granitos, mármores e espelhos importados da europa); dos brasileiros se sabia que eles só passavam por Lisboa em trânsito para Paris, onde uma maioria considerava obrigatório frequentar os ?boulevards? e os ?magazins? e uma minoria, percorrer as livrarias, museus e panteões, onde pairavam memórias de ilustres obreiros da moderna Civilização Latina.
Hoje, nos dois países, brasileiros e portugueses reencontram-se no ?carrefour? das refrências de um passado que os uniu e separou, por razões certamente mais epidérmicas do que entrafilas das típicas relações entre colonizador e colonizado), ambos se surpreendendo por descobertas recíprocas antes impensadas ou negligenciadas.
O presente trabalho é resultado do reencontro de um português com o Portugal longínquo que ficou pelo Brasil. Chama-se-lhe crónica, porque foi para o viajante mais importante atender às descobertas impressionistas de sensibilidades cruzadas do que seguir cânones académicos, ciosos de comprovações científicas.


DIDÁTICA DA FÍSICA

António Alberto Silva
Edições Asa
pp. 318

Porque ficou aquém das expectativas um quadro de investigação que, nos últimos 25 anos, dominou na didática das ciências? Que sucessos e insucessos, na teoria e na prática? Que lições e novos caminhos?
O que é a didática? É uma nova ciência? Como produzir conhecimento didático? Com que ideais, métodos, instrumentos e critérios? Quem são os didactas?
Pós-modernidade e retórica são relativismo e conversa fiada? E recalcitrância e história? E contexto e complexidade? Cruzaram-se ares de tempos que correm na didática, nas ciências, na filosofia? Na natureza da evolução conceptual? E o que é um conceito?
Como se relacionam as "físicas" dos físicos, da escola e do dia-a-dia? E o quantitativo com o qualitativo? E o ensino de professores com o modo como eles ensinam?
O constrtutivismo em aula é viável? Como? É conciliável com a avaliação dos alunos? Como?
Sobre estas e outras questões apresentam-se propostas teóricas e práticas, baseadas na investigação e na acção. Para a formação de professores, para investigadores, orientadores de estágio, formadores, quadros do Ministério da Educação e todos os professores.


CONVERSAS DE FÍSICA

António Alberto Silva
Edições Asa
pp. 271

Porque é que quando funde uma luzinha de natal as outras continuam acesas, apesar de estarem todas em série? Porque apanhamos um choque ao sair de um automóvel? terá isto a ver com trovoadas? E com circuitos eláctricos? Que tipo de sistema é um circuito, qie interacções há nele, que informação se propaga, e como? E que tem isto a ver com a estrtura da matéria, potencial, energias potencial e cinética, resistência, atritos, dinâmica, electroestática, correntes contínua e alternada, ondas electromagnéticas? Qual o significado físico das leis das correntes e das tensões?
Estas e muitas outras questões são aqui tratadas a partir de diálogos vividos na sla de aula, sob orientação de um professor mas tomando por base questões e reflexões dos alunos. Trata-se conversas simples e profundas, leves e complexas, ligando os conteúdos aos métodos, a ateoria à prática, o quantitativo ao qualitativo, a ciência ao dia-a-dia. Um livro dirigido a alunos desde o 8º ano até aos primeiros anso dos cursos superiores. É também dirigido a didactas - professores e investigadores - de todos os níveis de ensino.

PÓS-LEITURAS
Temas de literatura portuguesa e comparada

Manuel Correia Fernandes
Edições Asa
pp. 159

"As páginas que se vão ler são, no melhor sentido da palavra e mais fundamentada opinião, autênticos ensaios. Com efeito, pretendem, antes de mais, ponderar - tomar o peso - de determinados temas ou processos de escrita em determinados autores que M. Correia Fernandes foi encontrando em diversos momentos - e, logo, circunstâncias - da sua vida profissional e do seu gosto. E do gosto que alguns lhe solicitaram, perceptível não apenas por referências de rodapé, mas por marcas do discurso que são outras tantas interpelações directas aos seus ouvintes. E se neste tomar do peso vai toda uma reflexão, também esta se desdobra, muitas vezes, num exercício especular e, como explica num dos seus mais finos ensaios - o que consagra a António Gedeão -, todo o espelho não faz mais do que reproduzir o que lhe é simétrico.
Muitos dos ensaios aqui reunidos poderão, se não tiveram até essa origem, resultar em magníficos guias do que, com alguma impropriedade, se chama o comentário de texto, esse exercício tremendamente difícil que tantas vezes se pede a quem não o pode fazer, porque, para tal, não tem ou ainda não tem preparação... É que, quase sempre, essa preparação requer, pelo menos, mesmo que não exija a ciência de um E.R. Curtis ou M. Fumaroli, uma larga base de erudição."
(Retirado do prefácio )


O SENTIDO E A ACÇÃO

Manuel Sérgio
Trovão do Rosário
Anna Maria Feitosa
Fernando Almada
Jorge Vilela
Viegas Tavares

Instito Piaget
pp. 217


A Ciência da Motricidade Humana nasce de uma ruptura epistemológica com o cartesianismo vigente na área das actividades físicas. Só que uma ciência amanhecente precisa de uma comunidade científica que a publicite, a justifique e a socialize. Por isso, se constitui a Sociedade Portuguesa de Motricidade Humana. Os seus sócios fundadores são os autores deste livro. Reflectir sobre o que eles escrevem é escutar uma ideia nova, ou melhor: uma forma diferente de questionar e problematizar a motricidade humana.
Os autores deste livro sabem que o conhecimento científico se encontra a par do conhecimento filosófico, do conhecimento religioso e até do conhecimento do senso comum. Mas sabem que não há interdisciplinaridade, ou transdisciplinaridade sem disciplinaridade. E esta entrou de nascer, nesta área do conhecimento, com a Ciência da Motricidade Humana. Entrou de nascer, não só de forma empírica, mas procurando o sentido da praxis.


  
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Edição:

N.º 90
Ano 9, Março 2000

Autoria:

Redacção

Redacção

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