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A Arte como Terapia

"A arte pode ser terâpeutica"? Foi para responder de forma afirmativa a esta questão que se reuniram, no Porto, profissionais tão diversos como formadores, psiquiatras, arquitectos, professores, músicos, actores ou artistas plásticos, com o objectivo de debater experiências e mostrar de que a arte, afinal, assume um papel mais importante do que a mera função estética.
A arte, concluiram os participantes, pode ser utilizada como instrumento de trabalho e como linguagem universal das emoções, conseguindo que doentes do foro psíquico, traumatológico ou clínico, possam, conjuntamente com as pessoas ditas "normais", reforçar a sua heterogeneidade e (re)descobrir as suas potencialidades. Uma forma de libertar o isolamento individual de muitos doentes, através da transposição dos seus sentimentos para a tela ou para o palco. Uma forma de terapia que reúne um número crescente de adeptos, como ficou demonstrado pelo elevado número de participantes que, de acordo com Jorge Oliveira, presidente do Espaço T, excedeu as expectativas da organização, demonstrando a importância desta área de conhecimento, em muitos locais adoptada já não apenas como uma área de estudo científica mas aplicada na prática.
O Espaço T é uma instituição particular de solidariedade social para apoio à integração social e comunitária, possuindo ateliers de fotografia, educação física, pintura, expressão musical, tai-chi-chuan, jornalismo e teatro, onde desde toxicodependentes, doentes do foro neurológico, surdos, mongolóides, paraplégicos, invisiuais, prostitutas(os), entre outros, encontram um espaço para combater os medos e adquirir a auto-estima e a confiança necessárias para enfrentar as relações sociais.


  
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Edição:

N.º 89
Ano 9, Março 2000

Autoria:

Redacção

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