Sob a designação em epígrafe, o Rivoli Teatro Municipal, do Porto, desenvolve, ao longo do mês de Janeiro, um quadro temático que remete para o universo circense, embora ampliando o leque das suas técnicas a linguagens que vão muito para além dos tradicionais palhaços, animais amestrados e acrobacias sem rede.
"Do gesto coreográfico à pantomina, da palavra à cena, neste quadro temático se evidencia como as modernas técnicas de clown e o novo circo são exploradas no palco do teatro, no plateau de cinema, na dança contemporânea", referem os organizadores, salientando que "o circo é hoje uma estética inovadora de espectáculo, que mistura formas de expressão com cariz muito particular".
Assim, este quadro temático engloba uma componente formativa, estando programados dois ateliers de iniciação às artes circenses, um direccionado para crianças maiores de 10 anos (O Despertar do Circo, de 8 a 14 de Janeiro, das 17 às 19 horas) e outro destinado a estudantes e profissionais do espectáculo (O Circo e os seus Movimentos, de 14 a 20, das 19h30 às 23h30).
Paralelamente, e coincidindo com a terceira sessão do ciclo Cinema Mudo/Música ao Vivo, será exibido o filme "O Circo", que acompanhará a 1ª audição absoluta da música composta por Wayne Horvitz para ilustração daquele clássico de Charlie Chaplin. Com Horvitz (piano), estarão Laura Deluca (clarinete), Mikhail Schmidt (violino), Doug Wisselman (saxofone) e Robin Holcomb (piano). A função tem lugar no dia 15, às 21h30.
Num outro registo, e antecipando a apresentação da Companhia DCA, com uma coreografia de Philippe Decouflé, terão lugar três sessões de cinema e vídeo que proporcionam uma perspectiva do universo estético de Decouflé ? dia 19, às 15 horas e às 21h30; dia 20, às 15 horas.
Nos dias 21 e 22 (às 21h30) e 23 (às 16 horas), é a vez do próprio Decouflé ?subir? ao palco do Rivoli, através de uma coreografia para a sua DCA (Decouflé & Complice Associés). De acordo com a produção, "Triton" recria um circo de espantos e incríveis personagens, turbilhão colorido de efeitos e assombros a que Decouflé imprime humor imprevisível (...) Espectáculo para todos, sem excepção ou contra-indicações".