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"Raízes Sem Terra" em Santo Tirso

"Num tempo dominado por jogos e políticas de identidade, em que, a cada momento, se constroem e reconstroem nações, etnias, religiões, sexualidades e profissões, os ciganos-nómadas simplesmente vivem, sem parar. Em lugar algum. Em troca de nada. Sem medo de se perderem. Sem medo de se encontrarem. Simplesmente vivem. Alheios a jogos e políticas identitárias, porque têm tanta certeza das suas raízes como do vento e da chuva, do sol e do calor, do frio e do nevoeiro. Estigmatizados pelo que são e pelo que se recusam ser, não param e não se rendem. Nem perdem tempo a pensar nisso. Simplesmente vivem, estão vivos e nunca param. Porque não podem, mas, principalmente, porque não querem. Passam bem sem países e fronteiras. Não precisam de provar, com papéis, que nasceram ou que existem. Tão pouco precisam de primeiros-ministros ou círculos eleitorais. No entanto, também erguem muros à sua volta, com 'fora' e 'dentro', 'nós' e 'eles'. Não são piores nem melhores. Simplesmente são. Simplesmente vivem... À sua maneira".

Museu Municipal Abade Pedrosa
Santo Tirso
até 25 de Julho


  
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Edição:

N.º 82
Ano 8, Julho 1999

Autoria:

Redacção

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