O furacão Mitch assolou a América Central matando milhares de pessoas e afectando cerca de dois milhões, principalmente entre hondurenhos, nicaraguenses, guatemaltecos e salvadorenhos. O Programa Alimentar Mundial aprovou um plano de emergência de 58 milhões de dólares que apenas beneficiará quem perdeu todos os seus bens, isto é 30% das pessoas afectadas pelo furacão. À agitação política e social na Indonésia, a contabilizar em Novembro vários mortos, somam-se novos massacres pelas tropas invasoras de Timor-Leste e notícias de atrocidades sobre a população maubere que chegam a referir o enterramento de feridos, incapazes de reagir e a quem não é prestada qualquer assistência. Por cá, os resultados do referendo sobre a regionalização, com a clara vitória do "Não", parecem comprometer , por algum tempo, a concretização da regionalização administrativa do Continente, veículo considerado útil a um desenvolvimento justo, participado e harmonioso de todas as regiões do país. Curiosamente é de referir que o "Sim" teve mais expressão na região de Lisboa do que na de Entre Douro e Minho (a que pertence o Porto) e que o "Não" (teoricamente um "Sim" a Lisboa e ao centralismo) também venceu folgadamente para além do Marão, onde um ditado popular diz que mandam os que lá estão.
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