'Esta é uma profissão que só se justifica com resultados de grande nível', afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia perante os cerca de 50 astrónomos portugueses que participaram no VIII Encontro Nacional de Astronomia, que decorreu no ëjovemí Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.
'A investigação em astronomia é útil, porque funciona como motor para outras áreas da investigação', adiantou Mariano Gago, que aproveitou a oportunidade para desvalorizar as preocupações relativas às condições da investigação científica nesta. 'Nunca houve tão boas condições para o desenvolvimento da investigação em Portugal', justificou o ministro, garantindo que o panorama ainda há-de melhorar com a adesão de Portugal ao Observatório Europeu do Sul (ESO), que deverá acontecer até finais do próximo ano, implicando uma despesa anual na ordem dos 300 mil contos.
Questionado pelos jornalistas presentes no encontro, Gago recordou que o Plano Nacional de Desenvolvimento da Astronomia (1987-97) foi cumprido, salientando que a astronomia é um campo científico em grande expansão e que Portugal dispõe já de uma pequena comunidade de jovens astrónomos que começam a apresentar resultados.
Prometendo 'assegurar a permanência na carreira de investigação a todos aqueles que tiverem qualidade', o ministro apontou, por outro lado, as prioridades futuras: reforço da cooperação internacional e maior ligação da astronomia com outras áreas cientificas. Quanto à situação dos jovens astrónomos, Mariano Gago defendeu que o Governo 'deve dar o maior acolhimento possível a todos os que têm qualidade, mas com condições de avaliação e exigências transparentes e iguais para todos'.