Uma estrela com mais de oito massas solares tem um final catastrófico e espectacular: uma explosão a que se dá o nome de supernova, por dar a impressão de ter nascido uma estrela nova, tal é o aumento de brilho da estrela até aí despercebida. A imagem é uma composição de observações em vários tipos de luz (raios X, luz visível e infra-vermelhos) e representa o que resta de uma supernova observada pela primeira vez por Kepler em 1604, embora o acontecimento se tenha dado muito antes, devido à ordem de grandeza das distâncias em Astronomia. Apesar de pertencer à Via Láctea, este objecto, situado na constelação de Ofiuco, encontra-se tão longe de nós que a sua luz demora cerca de 13 mil anos a chegar; diz-se então que está a 13 mil anos-luz. O ano-luz é então a unidade que se utiliza para referir distâncias estelares, uma vez que as unidades terrestres se tornam infinitamente pequenas. Se o leitor gostar de cálculos pode tentar descobrir a distância em quilómetros multiplicando 13000 pela velocidade da luz (300 000 km/s) e pelo número de segundos num ano (31536000). Talvez seja melhor ficar em anos-luz, não acha? É precisamente essa a opinião dos astrónomos.
Visionarium
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