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Zoellick teme que a crise financeira afecte ajuda aos pobres

ELES PAGAM SEMPRE 

A crise financeira norte-americana afectará os programas de ajuda aos países mais pobres, admitiu o presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, quinta-feira, 25 de Setembro, em Nova York.
Zoellick participou numa entrevista à imprensa junto do magnata e fundador da Microsoft Bill Gates, presidente da fundação Bill e Melinda Gates, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e a presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, após a apresentação de um plano para salvar 10 milhões de mães e seus recém-nascidos.
"Estou preocupado, a crise já teve um impacto nos compromissos financeiros dos países desenvolvidos e, em certas regiões, as consequências poderiam ser mais severas", admitiu o presidente do Banco Mundial.
Os participantes advertiram que o mundo fracassou em adoptar medidas eficazes para salvar milhões de mulheres e seus recém-nascidos. "Uma mulher morre em cada minuto dando à luz, e 500.000 mulheres morrem no parto em cada ano", disse Zoellick.
Segundo este grupo, "para salvar três milhões de mães e sete milhões de recém-nascidos é preciso 2,4 mil milhões de dólares em 2009 e 7 mil milhões até 2015", destacaram os participantes num comunicado.
O Banco Mundial, um dos principais responsáveis pelas políticas neoliberais que levaram à actual crise jamais passou dos discursos retóricos no que respeita à defesa da vida dos mais pobres. A crise impõe agora que os fundos destinados aos pobres sejam desviados, mais uma vez, para salvar os ricos especuladores. Em nome da futura sã economia, claro.

AFP


  
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Edição:

N.º 182
Ano 17, Outubro 2008

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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