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Partido no poder em França pede a Sarkozy fim das 35 horas

REPARTIÇÃO DO TRABALHO

O partido UMP, no poder em França, pediu ao presidente Nicolas Sarkozy que "desmantele definitivamente" a limitação a 35 horas do horário semanal de trabalho, uma medida aprovada em 1998, por um governo socialista, e acusada pela direita de afectar a competitividade do país.
"Por ocasião do décimo aniversário das 35 horas, quero que o dispositivo seja definitivamente desmantelado" para ser substituído por um sistema no qual "a negociação social defina a duração do trabalho em cada empresa", declarou à AFP o secretário-geral da UMP, Patrick Devedjian.
"O presidente da República tomará posição quando considerar necessário, mas queremos ir até o fim sobre este assunto: queremos o desmantelamento", insistiu Devedjian.
Questionado pela AFP sobre estas declarações, o ministro do Trabalho Xavier Bertrand disse que "é preciso manter a duração legal do trabalho de 35 horas", mas que uma lei permitirá a partir do início de 2009 às empresas negociar "flexibilidade", principalmente sobre as horas suplementares.
"Precisamos de sair desta imposição das 35 horas, mas ao mesmo tempo manter uma duração legal do trabalho em 35 horas que signifique o pagamento de horas suplementares para os assalariados", declarou Bertrand.
Única na Europa, a limitação da semana de trabalho a 35 horas era, em 1998, uma das principais medidas do primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, aplicada para combater o desemprego. Segundo uma estimativa do Instituto Nacional das Estatísticas, a medida terá permitido a criação de 350.000 empregos.

AFP


  
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Edição:

N.º 179
Ano 17, Junho 2008

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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