BUSH E OS IMIGRANTES
George W. Bush, anunciou uma proibição permanente de entrada nos Estados Unidos aos futuros imigrantes ilegais, renovando assim a pressão por uma reforma migratória, tema central da sua agenda de política interna. Um pacote de reformas revisto foi apresentado ao Senado nos últimos dias. O anterior fora chumbado pelo senado a 7 de Junho. Numa das suas aparições semanais na rádio, Bush revelou que na proposta revista, quem atravessar a fronteira dos Estados Unidos ilegalmente não só será deportado, como nunca mais terá permissão para voltar ao país, seja com visto de trabalho ou de turista. Bush acrescentou que a nova lei dará prioridade à segurança fronteiriça. A medida inclui 4,4 mil milhões de dólares de assistência à Patrulha Fronteiriça dos Estados Unidos para contratar mais agentes, construir defesas adicionais, adquirir câmaras de infravermelhos e outras tecnologias que contribuam para interceptar os imigrantes ilegais. "Só depois destas ferramentas de segurança estarem em funcionamento é que outras partes da lei entrarão em vigor", destacou. Esta lei acontece numa altura em que o secretário americano do Comércio, Carlos Gutiérrez, de origem cubana, enfatizou durante um discurso perante a Federação Nacional das Minorias em Washington que os EUA precisam dos imigrantes para sustentar o crescimento económico e acompanhar as necessidades crescentes de mão-de-obra. "A imigração não é algo que deva ser tolerado, mas incentivado, porque é a nossa grande oportunidade de levar vantagem sobre o resto do mundo", sustentou. "Os imigrantes complementam a nossa necessidade de força de trabalho, trazem criatividade, vitalidade e iniciativa", resumiu Carlos Gutiérrez.
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