DESIGUALDADES
De acordo com um estudo publicado na última edição do jornal da Associação Médica Americana a diferença da esperança de vida entre brancos e negros norte-americanos diminuiu desde 1993, situação para a qual concorrem factores como o declínio na taxa de mortalidade por homicídio, VIH, doenças cardíacas e ferimentos acidentais. Apesar do crescimento da esperança média de vida registada na comunidade afro-americana nos últimos dez anos, a "diferença entre negros e brancos permanece significativa", diz o estudo, feito com base na análise de números do Sistema de Estatísticas Vitais dos Estados Unidos entre 1983 e 2003. Assim, os homens brancos vivem 6,3 anos a mais, em média, do que os negros, ao passo que nas mulheres essa diferença é de 4,5 anos. "Embora as taxas de homicídios, o VIH e a morte perinatal tenham demonstrado evoluções favoráveis, continua a persistir um abismo entre negros e brancos desnecessariamente grande", adiantou a equipa de cientistas, chefiada por Sam Harper, da Universidade McGill de Montreal. Segundo os autores do estudo, a redução deste percentual irá exigir a adopção de maiores esforços na área da saúde pública. "A redução de factores de risco individuais e sociais para as principais causas de morte e a implementação do acesso e da qualidade do atendimento médico à comunidade negra, particularmente no que se refere a doenças cardiovasculares, deveria ser uma prioridade para a saúde pública" dizem os investigadores.
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