PRESSÕES INTERNACIONAIS
O presidente argentino Néstor Kirchner criticou recentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e pediu a esta organização financeira que não traga "mais prejuízos" à Argentina, num discurso incendiário proferido durante a inauguração de um conjunto de obras públicas na localidade de Puerto Madryn, na Patagónia. "O FMI já passou à história porque lhe dissemos 'tchau, tchau!', não nos causem mais prejuízos!", disse Kirchner perante uma plateia de trabalhadores e moradores da cidade. A declaração de Kirchner é uma resposta às pressões do FMI para que a Argentina volte a assinar um acordo com esta entidade como condição para renegociar a dívida de 6,5 mil milhões de dólares que este país tem com o chamado "Clube de Paris", do qual fazem parte diversos países europeus, os Estados Unidos e o Japão. "Ainda há pessoas que pensam que os enviados do FMI podem vir puxar as orelhas à Argentina...", referiu ainda este responsável político. O governo argentino cancelou antecipadamente, em Janeiro de 2006, a dívida de 9,5 mil milhões de dólares que mantinha com o FMI, pondo termo a um controlo da política económica do país que se manteve ao longo das últimas décadas.
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