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Alterações climáticas: em alerta vermelho

Um documento apresentado ao mundo no dia 2 de Fevereiro, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) lançou alertas que o mundo já não pode ignorar sobre o efeito das alterações do clima. A temperatura do planeta aumentará até 4ºC até 2100. O nível dos oceanos vai-se elevar de 18 a 59 centímetros. Haverá inundações e ondas de calor mais frequentes, serão registados os mais violentos ciclones, durante mais de um milénio. As reacções ao documento não se fizeram esperar.

Num documento de 21 páginas o comité descreve um cenário preocupante sobre o futuro do planeta, caso não sejam tomadas medidas adequadas sobretudo no combate ao aquecimento global. Um facto que, de acordo com os especialistas, se deve com 90% de certeza às emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera provocadas pelo homem. Sem a redução da poluição da atmosfera a temperatura média do planeta pode aumentar até 6.4%.
Outro dos alertas vai para o desajuste nas condições climatéricas que tal aumento da temperatura poderá causar. Destacam-se: ondas de calor cada vez mais fortes, inundações mais frequentes, tufões e furacões mais intensos, ciclones tropicais. Associados a estes problemas estarão ainda a diminuição dos recursos de água potável e o desaparecimento de superfícies de terra férteis e de algumas ilhas em consequência do aumento do nível do mar.
Em última análise, o cenário não será muito diferente do apresentado em alguns filmes sobre catástrofes climáticas ao estilo de Hollywood: milhares de pessoas poderão ser forçadas a abandonar as suas casas e o número de refugiados do clima será superior ao de refugiados de guerra, alertam os especialistas. "Um aumento de 40 centímetros no nível dos oceanos significará que 200 milhões de pessoas serão forçadas a abandonar o seu local de residência", lê-se no documento publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), já considerado o mais alarmante dos quatro já publicados por este organismo.
O encontro em Paris contou com a participação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reúne 500 especialistas de 113 países, e foi criado em 1988 pela ONU, e a Organização Meteorológica Mundial. O objectivo é mediar cientistas e governantes sensibilizando-o para a tomada ou manutenção de decisões. Tais como a manutenção do cumprimento do Protocolo de Kyoto, que visa a redução de emissões de CO2, e cuja primeira fase expira em 2012. Um protocolo que, no entanto, não foi ratificado pelos Estados Unidos da América, um dos países que mais gases poluidores emite.
O sinal vermelho foi accionado. Há danos que já não podem ser invertidos, disse Kevin Trenberth, director de análises climáticas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica de Boulder, no Colorado, à Associated Press. "Daqui a cem anos teremos um clima diferente, e estará criado um planeta também diferente", alertou.

A concentração de CO2

O IPCC estimou que tanto as emissões passadas como as futuras continuarão a contribuir para o reaquecimento e a subida do nível dos mares durante mais de um milénio. "O aquecimento global é o facto e é realmente forte", declarou o climatólogo francês Jean Jouzel à Agência France Press. Se os diferentes Estados não tomarem medidas para reduzir a contaminação atmosférica, a temperatura poderia aumentar até 6.4ºC. Este número é uma média, o que significa que haverá zonas mais castigadas.
A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera impede a ventilação correcta do planeta e por isso provoca o seu aquecimento. Em números globais, em cinco anos, as emissões de CO2 passaram de 6.400 milhões de toneladas para 7.200 milhões, o que evidencia o quão longe a comunidade internacional está de alterar o seu comportamento poluidor.
Com o aviso que consta do documento, os especialistas pretendem que a comunidade internacional dê uma resposta forte e unida que implique a continuidade do Protocolo de Kioto, destinado a reduzir as emissões de CO2.

"Revolução energética"

O mundo podia produzir a energia que necessita reduzindo até 2050 para a metade as emissões de CO2 responsáveis pelo efeito de estufa, disse um porta-voz da organização Greenpeace, que propôs uma revolução energética no Brasil. "Há que actuar rapidamente no espaço de uma ou duas décadas pois a partir daí entraremos no ponto de não retorno", acrescentou, dizendo que o Brasil deve "assumir as suas responsabilidades" enquanto quarto maior emissor de CO2 sobretudo através da desflorestação da Amazónia, que contribui com 75% para essas emissões.
A Greenpeace do Brasil apresentou já um estudo elaborado com a participação de investigadores da Universidade de São Paulo que permitiria assegurar até 2050 que 88% da produção de energia eléctrica fosse conseguida através de energias renováveis. Esta "revolução energética" daria lugar à energia eólica, fotovoltáica, à energia da biomassa e à hidroelectricidade, eliminando todos os recursos não renováveis, excepto o gás natural. A capacidade de produção de energia através de fontes renováveis estaria multiplicada por quatro ao fim de 44 anos, segundo o estudo. "Existe uma esperança concreta e economicamente viável de inverter o processo do aquecimento do planeta", garante Marcelo Furtado, director da Greenpeace Brasil.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, por sua vez, atacou os países mais industrializados e exigiu que estes reduzissem os danos que causam ao meio ambiente. "O mundo rico está farto de assinar protocolos. Em cada conferência mundial todos assinam documentos que não cumprem porque têm medo de enfrentar as indústrias contaminadoras", criticou Lula da Silva. As suas declarações tiveram lugar no dia da publicação do relatório do IPCC. As suas críticas atingiram algumas declarações que visavam o Brasil e a desflorestação da Amazónia. "Hoje o mundo está preocupado com a desflorestação. O governo norte-americano está preocupado, o governo francês está preocupado, o governo inglês está preocupado. E no Brasil, nestes últimos anos, já reduzimos a desflorestação da Amazónia em 52%", garantiu. "Mas às vezes não basta diminuir o desmatado no Brasil, é preciso que os países industrializados assumam as suas responsabilidades e parem com a emissão de gases das suas indústrias poluidoras", pediu Lula da Silva.

"Estamos no limite do irreversível"

O presidente francês, Jacques Chirac, pediu uma revolução económica e política para fazer frente aos desafios das alterações climáticas, durante a conferência internacional celebrada em Paris um dia depois da apresentação do documento do IPCC. "Está próximo o dia em que o clima irá mudar e escapar a todo o controle. Estamos no limite do irreversível", declarou Chirac. Segundo o presidente, inverter este cenário implica uma transformação dos modos de produção e consumo de energia, mas que resulte de um esforço proporcionalmente repartido entre o norte e o sul do planeta e de uma ajuda especial aos países mais pobres, os mais afectados pelas alterações climáticas.
"Confrontados com esta emergência, o momento não é de medidas mornas, é hora de uma revolução na acção política", disse Chirac, uma ideia partilhada pelo ministro do Meio Ambiente britânico, David Miliband, que referiu o relatório da ONU como "outro prego no caixão dos cépticos sobre a mudança climática". Para a secretária Britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett, a mudança na acção política com vista à salvaguarda do ambiente não pode estar dependente dos interesses económicos: "O fracasso das nossas economias ameaçará a paz e prosperidade, mas se as impulsionarmos às custas do clima, a mesma paz e prosperidade estarão ameaçadas."

Na mira dos mais poluidores

São os mais visados pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. A China e os Estados Unidos da América estão na mira dos ambientalistas. São dois dos países mais populosos e maiores emissores de carbono do mundo. Além de que têm vindo a aumentar a sua emissão de gases de efeito de estufa ignorando o Protocolo de Kyoto que previa a redução de gases pelos países que o ratificassem. De acordo com o relatório, a acção destes dois países determinará o êxito ou o fracasso dos esforços globais para deter o aquecimento climático.
Os países desenvolvidos precisam assumir a liderança do problema, mas a questão é se os Estados Unidos irão encarar seriamente o retorno às negociações internacionais. O esforço aplica-se também à China, embora este país tenha alguma condescendência na comunidade internacional por ser considerado ainda em vias de desenvolvimento.
Curiosamente, o presidente George W. Bush elogiou sem reservas as conclusões do relatório do grupo de especialistas da ONU sobre o aquecimento global. Um porta-voz da Casa-Branca, Tony Fratto, recordou que Bush tinha fixado o objectivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 18% até 2012 e que os Estados Unidos o iriam cumprir. No entanto, até agora Bush tem-se negado a aprovar as reduções obrigatórias previstas no Protocolo de Kyoto. Os Estados Unidos são o maior poluidor do planeta, contribuem com um quarto das emissões destes gases e é o único pais industrializado ? juntamente com a Austrália ? a não ter ratificado o protocolo argumentando que isso seria demasiado custoso para a economia norte-americana. Durante o período de 2008 a 2012, o Protocolo de Kyoto obriga a uma redução de 8% a cada a país que o ratifique. As decisões estão nas mãos de poucos, mas as transformações climáticas afectarão milhões. E o futuro já não pode esperar mais.

O Ano Internacional Polar

O ano de 2007 foi eleito por investigadores de 60 países para promover o estudo e compreender melhor a dinâmica dos continentes gelados. Desde os anos 50 que o fantasma das alterações climáticas aparece e desaparece ao sabor dos interesses ora ecológicos ora económicos. A eleição de 2007 como o Ano Internacional Polar (AIP) permitirá aos especialistas ter um orçamento de cerca de 440 milhões de dólares para a execução de vários programas destinados a investigar temas ligados ao Árctico e à Antárctica.
Apesar de ser já a quarta vez que se celebra o ano polar (1882-83, 1932-33, 1957-58), é a primeira vez que esta celebração se inscreve no contexto das alterações climáticas. A falta de investigação sobre estes dois continentes é notória. "Aproximadamente 60% do que sabemos sobre as regiões polares, em particular sobre o Ártico, deve-se a um esforço em investigações realizadas em 1958", assegura Louis Fortier, director científico da ArcticNet, uma rede canadiana de investigação sobre o Ártico.
Com uma verba de 129 milhões de dólares, o Canadá será o principal contribuinte para o AIP, seguindo-se os países escandinavos e os Estados Unidos da América cuja contribuição será de 51 milhões de dólares.

A importância do Árctico

Actualmente, os especialistas consideram a região do Árctico como um barómetro das alterações climáticas, enquanto no passado a investigação apenas versava observações biológicas, físicas ou geológicas. Uma das diferenças que pretende distinguir este dos anteriores anos polares é que desta vez a ciência terá de ter em conta o impacto humano na variações climáticas. Além de que "se devem ter em conta as populações do Norte, os Inuit, incluí-los na investigação como sócios e de modo que possam também beneficiar dela", explicou à AFP David Hik, especialista em matérias do Árctico da Universidade de Alberta, Canadá. "Antes os Inuit eram objecto de investigação, agora querem participar nela", sublinhou Fortier.
Cerca de 150 mil Inuits vivem espalhados pelo Alasca, Canadá, Gronelândia, Escandinávia e Rússia, territórios que rodeiam o Árctico. Os organizadores da Conferência Circumpolar Inuit já confirmaram a sua participação neste ano polar.
A maioria dos projectos de investigação devem ser aprovados por diferentes países antes que em Março comecem as primeiras observações que se estenderão por vários anos. Os resultados desta recolha de informação só estará disponível a partir de 2010. "Uma das heranças deste ano polar será a formação de uma nova geração de especialistas nos pólos por todo o mundo", confiou Hik.

Breves ambientais

05.01.07
Menos oxigénio, menos peixes
A sobrevivência dos peixes do mar do Norte e do mar Báltico está ameaçada pelas altas temperaturas que causam uma diminuição do oxigénio na água. O estudo realizado pelo Instituto de Investigações Polares e Marítimas Alfred-Wegener, situado no noroeste da Alemanha, mostra pela primeira vez esta relação. Uma desaceleração no crescimento e uma alta taxa de mortalidade acontece entre enguias quando as temperaturas das águas são superiores a 17ºC. A partir dos 21ºC os peixes morrem. Os Verões quentes afectam também a fertilidade. A temperatura do mar do Norte aumentou 2,4ºC em Outubro de 2006, como consequência do aquecimento climático. Nos próximos 100 anos estima-se que a temperatura suba 4ºC.
Fonte: AFP

09.02.07
Aposta na Biotecnologia
O Brasil quer ser líder na área da Biotecnologia. Com 20% da biodiversidade do mundo e detentor de imensas florestas, este país reúne, segundo o ministro da Ciência e da Tecnologia Sérgio Rezende, as condições para ocupar um lugar de destaque neste vector de desenvolvimento. Nesse sentido foi anunciada a criação de uma política nacional de biodiversidade com um orçamento disponível de mil milhões de reais.
Fonte: Folha on-line

07.02.07
Cuba aposta na energia eólica
Como parte do programa governamental, Cuba está desde 2004 a construir parques eólicos para o desenvolvimento desta energia alternativa. As obras realizaram-se na província de Holguín (a Este) e na Ilha da Juventude, situada a sul de La Habana. Neste projecto foi utilizada a experiência acumulada durante oito anos a quando da construção do Parque Eólico Demonstrativo de Turiguanoó, Ciego de Ávila (Centro), dotado de dois aerogeradores de 32.3 metros de altura e com capacidade para produzir 225 Kilowatts cada um. Entre 1996 e 1997 foram realizadas medições na região centro-oriental de Cuba que se prolongaram pela costa norte, a 20 metros de altura, e descobriram-se lugares onde os ventos se mantêm entre os oito e os 12 metros por segundo. "É um comportamento muito estável e que marca o primeiro requisito para a construção de um parque eólico: que exista um potencial suficiente do recurso do vento", declarou Luís Baptista, do Centro de Investigações de Ecossistemas Costeiros de Cayo Coco e director do Centro de Formação de Energia Eólica de Ciego de Ávila.
O programa cubano, denominado "Revolução Energética", prevê grandes desenvolvimentos na produção e consumo de electricidade, mudando as grandes centrais termoeléctricas por baterias de grupos electrogéneos, renovando o tecido eléctrico das ruas, mudando electrodomésticos de alto consumo por outros mais eficientes, o que por sua vez propicia o desenvolvimento de outros tipos de energias.
Fonte: AFP

07.02.07
Carros vão ter de reduzir emissão de CO2 por determinação de Bruxelas
A Comissão Europeia apresentou uma estratégia para obrigar a indústria automóvel a reduzir em 25% as emissões de dióxido de carbono (CO2). Os motores terão de reduzir as emissões das actuais 160 gramas por quilómetro para as 120. Surgirão outras medidas que abrangem os pneus, a utilização de ar condicionado, os indicadores de mudança de velocidade e na utilização maior de biocombustíveis. Do lado dos construtores, gigantes como a Daimler-Chrysler, a BMW, a Volkswagen, Opel e Ford Alemanha, já advertiram que as exigências europeias podem pôr em risco a construção de carros de alta cilindrada e com isso fazer perder empregos. A associação de Construtores Automóveis Europeus disse também que o atraso na redução das emissões de gás de efeito de estufa se deve a "uma forte procura por parte dos clientes de veículos de grandes dimensões e mais seguros e uma menor receptividade aos veículos de pequena dimensão e mais económicos em combustível".
Fonte: AFP

09.02.07
O "cofre do fim do mundo"
A Noruega vai construir um "cofre do fim do mundo" para proteger sementes de todas as variedades conhecidas de plantas com valor alimentar. A Caixa Forte Internacional de Semente armazenará três milhões de amostras. O objectivo é salvaguardar a agricultura mundial de catástrofes futuras, tais como uma guerra nuclear, queda de asteróides e mudanças climáticas. A recolha e manutenção da colecção está a cargo da Global Crop Diversity Trust, que nas palavras do seu secretário-executivo, Cary Fowler, "tem como responsabilidade garantir a conservação perpétua da diversidade das culturas". A caixa forte será construída no interior da montanha Spitsbergen, numa das quatro ilhas que compõem Svalbard, perto do Pólo Norte, a 120 metros de profundidade. A sua construção, orçada em cinco milhões de dólares, terá início em 2008.
Fonte: BBC

Glossário
Fonte: Wikipédia - http://pt.wikipedia.org

Biotecnologia é tecnologia baseada na biologia, especialmente quando usada na agricultura, ciência dos alimentos e da medicina. A Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU possui uma das muitas definições de biotecnologia: "Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que use sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados destes, para fazer ou modificar produtos ou processos para usos específicos."

Esquimó é um povo que vive em lugares polares no extremo norte do Planeta Terra, na região Ártica, como o norte do Canadá, Alasca, Sibéria e Gronelândia, vivendo da pesca e da caça. Retiram gordura de baleias, focas e ursos para usar como alimento, e de combustível para os trenós. Os esquimós vestem-se com peles de animais, porém, ao contrário dos outros povos, eles usam a pele voltada para dentro, de forma a mantê-la mais próxima do corpo e promover um aquecimento mais adequado.
Eles têm o costume de se alimentar do fígado cru da caça, sua única fonte de vitamina C. Os primeiros esquimós, além de cuidarem dos seus rebanhos para sobreviverem, eram bons pescadores e caçadores de ursos, lobos, caribus, focas, baleias e outros mamíferos marinhos, disponíveis em grandes quantidades na época. Deles se alimentavam e utilizavam as peles para indumentária, como as parkas, e para casco de barcos e os ossos para fabricar ferramentas, utensílios e apetrechos como o útil arpão articulado, cuja cabeça se destacava da haste após entrar na presa.

Inuit é o nome genérico para grupos humanos culturalmente relacionados que habitam o Árctico com características físicas que ajudam a sobreviver no frio. Os cílios são pesados para proteger os olhos do brilho do sol que é reflectido no gelo, além disso o corpo dos inuits é geralmente baixo e robusto, conservando mais o calor. Os inuits vivem no Árctico há milhares de anos e conservam grandes experiências de sobrevivência no gelo. Além disso, são caçadores de foca muito habilidosos e grandes pescadores também, o que lhes garante uma boa alimentação mesmo no rigoroso inverno do Árctico.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 165
Ano 16, Março 2007

Autoria:

Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação

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