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União Europeia anuncia plano energético para diversificar fontes e proteger o meio ambiente

A Comissão Europeia anunciou recentemente um ambicioso plano com vista a diversificar as fontes energéticas, reduzir as emissões de carbono e implementar a utilização de novos combustíveis no espaço da União Europeia, motivado em grande medida por questões ambientais, mas sobretudo para diminuir a dependência face às reservas de gás e petróleo russos.
Pedindo uma "revolução pós-industrial", a Comissão afirma que o bloco de 27 países "precisa de novas políticas para enfrentar novas realidades". No entanto, algumas cláusulas da proposta despertaram objecções por parte da França e da Alemanha.
As principais propostas, que a Comissão espera ver concretizadas na conferência interministerial que decorrerá no próximo mês de Março, incluem planos para reduzir até 2020 as emissões de gases com efeito de estufa em 20 por cento relativamente aos níveis de 1990 e estimular a competitividade do sector energético, exigindo que as grandes empresas do sector separem as operações de produção e de distribuição. Alguns governos da UE, sobretudo a França e a Alemanha, porém, não vêm com bons olhos esta última proposta e ameaçam bloqueá-la.
As questões energéticas têm estado no topo da agenda política da união devido à crescente subida dos preços do petróleo e às preocupações face à dependência das fontes de gás e petróleo russas. Se as políticas não mudarem, a dependência de importação de energia da UE aumentará dos actuais 50 por cento para 65 por cento em 2030, alertou a comissão.
Para fazer face ao crescimento da procura e à dependência no fornecimento externo, a Comissão quer estimular o uso de fontes de energia renováveis e propôs que os Estados-membros se comprometam a atingir um patamar de 20 por cento das suas necessidades através de fontes alternativas, como o vento e a energia solar, até 2020.
Para os ambientalistas, porém, as metas traçadas pela Comissão estão muito aquém do necessário para enfrentar o desafio do aquecimento global. "O alarde que o presidente da comissão Durão Barroso faz sobre uma 'nova revolução industrial' não pode mascarar os buracos nesta estratégia energética", disse a este propósito o eurodeputado luxemburguês Claude Turmes, líder da bancada verde do Parlamento Europeu.


  
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Edição:

N.º 164
Ano 16, Fevereiro 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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