Partidos políticos e parlamentos são considerados os órgãos de poder mais corruptos
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Segundo um estudo recentemente divulgado pela organização "Transparency International" (TI), a opinião pública mundial considera os partidos políticos e os parlamentos como as instituições mais corruptas do planeta. Numa escala de um a cinco por ordem crescente de percepção da corrupção, os quase 60 mil inquiridos de 62 países atribuem nota 4 aos partidos políticos e 3,7 aos parlamentos e assembleias legislativas. O sector privado dos negócios (3,6) e a polícia e o sistema judicial (3,5) aparecem imediatamente a seguir. "A percepção de que os partidos políticos e o poder legislativo são corruptos vem apenas reforçar a opinião de que as administrações públicas não estão a combater eficazmente este problema. Muito pelo contrário, considera-se que elas fazem parte do problema, ao criarem dinâmicas que fomentam a corrupção nos países", refere-se nas conclusões do estudo da TI. Prova deste argumento, diz a TI, é o facto de "os resultados coincidirem com os dados apresentados nos estudos de 2005 e 2004", resultado que esta organização não governamental considera "francamente decepcionante", conclui o relatório. De facto, a avaliar pelos dados avançados pela TI, apenas 22 por cento das pessoas consultadas pensam que o seu governo actua de forma eficaz ou muito eficaz no sentido de combater a corrupção. No sentido contrário, 69 por cento considera que os governos não fazem aquilo que está ao seu alcance, com 38 por cento a afirmar que essa iniciativa é ineficaz, 16 por cento que ela é inexistente e 15 por cento que a incentiva. Os resultados têm diferente expressão conforme a área geográfica em que incide. Ao passo que 78 por cento dos cidadãos da América do Norte e 70 por cento dos europeus julga ineficaz a iniciativa dos órgãos de poder, essa percentagem baixa para 71 por cento na América Latina e para 53 por cento em África, apesar de nestas duas regiões a corrupção estar mais presente. Neste sentido, 25 por cento dos cidadãos latino americanos, por exemplo, considera que o seu governo tem uma acção eficaz contra a corrupção, mas 23 por cento diz que ele a fomenta.
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Ficha do Artigo
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Edição:
Ano 16, Janeiro 2007
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Autoria:
Agence France-Presse
Agence France-Presse
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