CORAJOSA
Uma estudante egípcia que havia sido desclassificada dos exames do ensino secundário por ter criticado os Estados Unidos e o governo do seu país, foi autorizada a receber as notas após intervenção do presidente Hosni Moubarak. De acordo com o diário Al-Masri al -Youm, Alaa Megahed foi excluída por ter ?culpado os Estados Unidos e Israel pela situação de crise internacional e criticado o governo egípcio pela sua passividade? face ao conflito israelo-palestiniano. Ao longo dessa semana, Alaa foi primeira página dos jornais e tornou-se um símbolo da falta de liberdade de expressão no país. Alguns dias depois o Ministério da Educação difundia um comunicado no qual afirmava que o presidente egípcio, numa atitude de ?encorajamento da liberdade de expressão?, havia autorizado a jovem a ter acesso às suas classificações. Segundo o jornal Egyptian Gazette, foi o próprio presidente Moubarak a telefonar ao pai da estudante, um operário residente na região de Daqahliya, no norte do Egipto, pedindo-lhe que ?encorajasse a filha a exprimir as suas opiniões políticas, mas com tacto?.
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