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Escolas muçulmanas em risco de auto-exclusão

TOLERÂNCIA

O intelectual muçulmano Tariq Ramadan pôs de sobreaviso os seus correligionários que vivem no mundo ocidental, contra as escolas corânicas, ?esse ensino peca por falta de espírito critico e pode conduzir à auto-segregação?, disse.
?Nós não precisamos de um sistema educativo paralelo, mas de um sistema complementar?, disse M. Ramadan numa conferencia em Berlim. ?Uma coisa que ainda não foi feita e que deveria sê-lo, é a reforma do ensino islâmico?, prosseguiu.
Se as escolas confessionais criadas no Ocidente se resumem a ?reagrupar os muçulmanos?, então ?é a auto-segregação e esta não possui espírito critico?, continuou este intelectual que tem colaborado com os britânicos no combate aos extremismos.
?O ensino nas escolas corânicas assenta na ideia de que os alunos só têm de ouvir?, reconheceu Ramadan, ?enquanto no mundo ocidental se pede aos alunos que coloquem questões, o que é essencial?, segundo o mesmo intelectual.
Foi pedido a M. Ramadan um breve comentário à recusa dos EUA em lhe concederem um visto para ensinar naquele pais. ?Com este governo [de Bush] é um sinal de que tenho razão em vez de uma indicação de que estou errado?, concluiu.


  
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Edição:

N.º 155
Ano 15, Abril 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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