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China mantém reformas liberais apesar do aumento da desigualdade social

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assegurou recentemente que a China continuará com o seu ?programa de reformas liberais? e que não alterará este rumo apesar das crescentes tensões sociais e do aumento das desigualdades no país.
"Temos de manter a via do socialismo chinês. Devemos perseverar nas reformas e na abertura. Apesar das dificuldades que nos esperam, não podemos parar", afirmou o chefe de Governo após a aprovação no parlamento do XI Plano de Desenvolvimento para o quadriénio 2006-2010.
Iniciada no final de 1978, depois do conturbado período da Revolução Cultural (1966-1976), a política de abertura e de reforma permitiu ao gigante asiático tornar-se na economia mais dinâmica do mundo, mas ao preço de desigualdades crescentes entre as cidades e o campo.
Reconhecendo esta situação, Wen Jiabao afirma que ela se deve ao facto de a China estar numa etapa de desenvolvimento económico rápido, ?período em que surgem diversas contradições", e que lamenta não ter conseguido solucionar ?os problemas que interessam ao povo?, como a saúde, a educação, a habitação e a segurança?.
Wen sublinhou que duas das etapas mais importantes que a China deve superar é a modernização das zonas rurais, onde vivem 900 milhões dos 1,3 mil milhões de chineses, e o meio ambiente, que se tornou, segundo disse, no maior problema para o desenvolvimento do país.
Quanto à educação, o ministro da Educação, Zhou Ji, já havia admitido recentemente que a percentagem destinada a este sector não era ?muito alta" (em 2004, representava apenas 2,79%" do PIB), garantindo, porém, que o país lhe consagrará, a partir deste ano, 4 por cento do Produto Interno Bruto, já que os responsáveis políticos consideram o desenvolvimento do sistema educativo "estratégico" para a modernização.
Neste sentido, uma das medidas incluídas neste pacote de investimentos será consagrada à implementação da escolaridade mínima obrigatória de nove anos, num período de dois anos, que, segundo, Zhou Ji, será gratuita.


  
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Edição:

N.º 155
Ano 15, Abril 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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