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Grã-bretanha filhos de imigrantes mais bem sucedidos do que britânicos

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Joseph Rowntree, uma organização não governamental britânica que actua na área da educação, os filhos de imigrantes provenientes de meios sociais operários são, em geral, mais bem sucedidos profissionalmente e progridem mais rapidamente na escala social do que os de famílias originárias deste país.
A investigação, conduzida por Lucinda Platt, professora da Universidade de Essex, no sul da Inglaterra, concluiu que pelo menos 56% dos jovens de famílias de origem indiana e 45% dos de famílias com raízes caribenhas chegam a categorias técnicas superiores ou de direcção. Comparativamente, apenas 43% dos jovens com origem em meios operários provenientes de famílias britânicas não imigradas chegam a ocupar os mesmos cargos. Ainda de acordo com este estudo, os filhos das famílias oriundas do Paquistão e do Bangladesh são as que apresentam menor mobilidade na escala social.
O estudo analisa também a percentagem de jovens que, finalizados os estudos, obtém um emprego considerado melhor e mais bem remunerado do que os pais. Neste campo, Platt concluiu que esse índice é de 55% entre os jovens de origem indiana, de 42% entre os de origem caribenha e de 27% entre os de famílias brancas não imigradas.
Levando em conta o parâmetro da religião, Platt constatou paralelamente que os filhos de famílias judias ou hindus têm maiores possibilidades de progredir na escala social do que os provenientes de famílias cristãs, muçulmanas ou sikhs.
Lucinda Platt baseou este estudo em 140 mil casos de famílias residentes na Inglaterra e no País de Gales, entre 1960 e 1990, concluindo que, globalmente, a Grã-Bretanha está ainda longe de ser aquilo que se designa como ?meritocracia?, ou seja, onde a classe social não tem influência determinante nas oportunidades dos jovens em relação ao trabalho.


  
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Edição:

N.º 152
Ano 15, Janeiro 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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