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Países africanos e asiáticos comprometem-se a salvar os grandes primatas

Os representantes de 23 países de África e da Ásia reuniram-se no mês passado em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), para uma conferência de quatro dias sobre a preservação dos grandes primatas, ameaçados em particular pela actividade humana.
A conferência terminou com a adopção de uma declaração comum a favor da preservação destas espécies, e a RDC, país organizador desta primeira conferência intergovernamental, espera, no futuro, a adopção de um plano de preservação que inclua as ?áreas de conflitos".
O ecossistema de florestas do ex-Zaire abriga três das quatro espécies de grandes macacos: o gorila, o chimpanzé e o bonobo - ou chimpanzé pigmeu. O quarto, o orangotango, vive na Ásia.
O secretário-geral da conferência, Samy Mankoko, advertiu que, se a comunidade internacional não estiver atenta, a maioria dos grandes macacos "pode desaparecer em breve", já que se encontram ameaçados pela destruição das florestas densas e húmidas, que constituem o seu habitat natural.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE), que apoiou a realização desta conferência em parceria com a Unesco, o homem é o principal responsável por esta ameaça, estando na origem do comércio de animais vivos, da destruição das florestas, das guerras e, sobretudo, da "invasão crescente" do habitat dos primatas.
Pelo menos 90% das áreas onde vivem os grandes macacos em África e no Sudeste asiático serão ocupadas pelos seres humanos ao longo dos próximos 30 anos se um conjunto de medidas urgentes não forem tomadas na actualidade, avisa o PNUE.
Entre os 23 países reunidos na capital da República do Congo contavam-se Angola, Burundi, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné equatorial, Indonésia, Libéria, Malásia, Mali, Nigéria, Uganda, República Centro-africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Sudão e Tanzânia.


  
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Edição:

N.º 149
Ano 14, Outubro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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