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Apoio à guerra antiterrorista de Bush começa a esmorecer

Três anos e meio após os atentados de 11 de Setembro de 2001 o apoio aos métodos do governo de George W. Bush na "guerra contra o terrorismo" começam a dar sinal de enfraquecimento nos Estados Unidos,
"Os americanos tornaram-se cépticos", afirmou o cientista político Paul Light, professor da Universidade de Nova Iorque, ao passo que o senador republicano Lindsey Graham afirmou que Bush acabará por perder esta guerra ?se não tomar cuidado", um dos muitos parlamentares do partido no poder que se mostram perplexos diante de alguns dos métodos do governo Bush. Até a Câmara dos Representantes, habitualmente leal ao governo, mostrou-se contra os poderes de investigação da Polícia Federal (FBI) nas bibliotecas públicas do pais, onde, desde o Outono de 2001, são investigadas como parte das medidas antiterroristas da "Lei Patriótica".
Recentemente, o ex-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Dennis Kucinich, um político identificado com a esquerda, e Walter Jones, um republicano conservador, aliaram-se para exigir, mediante um projecto de lei, um calendário de retirada das tropas americanas do Iraque.
Em 2003, Jones disse que os americanos deveriam rebaptizar as batatas fritas (French Fries = Batatas Francesas) como ?batatas da liberdade?, num protesto contra a posição de Paris contra a guerra no Iraque. Agora, Jones afirma estar com o "coração devastado" pela morte de 1700 soldados americanos numa guerra cujos motivos, como a presença de armas de destruição em massa, eram "infundados".
Este projecto, que divide os parlamentares e já foi rejeitado pelo governo Bush, reflecte a crescente preocupação da opinião pública sobre a situação no Iraque. Uma sondagem do Instituto Pew, publicada em meados de Junho, mostrava que 46% dos americanos querem que as tropas abandonem o Iraque, contra apenas 36% que pensava o mesmo em Outubro do ano passado.


  
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Edição:

N.º 147
Ano 14, Julho 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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