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Audiência portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque encerrou em Lisboa

Terminaram no dia 20 de Março, na Torre do Tombo em Lisboa, os trabalhos da Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque. O trabalho encerrou com a leitura da «Decisão da Tribuna de Jurados». Esta decisão passa a ser o contributo português para a audiência mundial, do mesmo tribunal, que terá lugar em Junho na cidade de Istambul, na Turquia.
Da declaração final salienta-se a condenação da invasão e ocupação do Iraque pelos EUA, Grã-Bretanha e seus aliados em violação do direito internacional. Condena-se a forma como, quer a nível nacional quer internacional, alguns meios de comunicação social se integraram no plano da guerra e manipularam a informação. Esta guerra, afirma a decisão, «desrespeita as regras internacionais sobre a salvaguarda da população civil, sobre a proibição de utilização de armamento de efeitos cruéis, indiscriminados e duradouros, e a preservação do património cultural e do equilíbrio ambiental.» Os agressores violaram o estatuto dos prisioneiros, torturaram e agiram de forma cruel e desumana, degradaram e delapidaram recursos naturais, económicos e financeiros do país ocupado.
A Audiência condena o apoio político dado a esta guerra pelo governo de Durão Barroso e Paulo Portas e defende a necessidade de «devolver a soberania, sem condições nem restrições, ao povo iraquiano, como única forma de pacificar o país e de abrir caminho à sua verdadeira democratização».


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 144
Ano 14, Abril 2005

Autoria:

José Paulo Serralheiro
Professor e Jornalista. Director do Jornal a Página da Educação.
José Paulo Serralheiro
Professor e Jornalista. Director do Jornal a Página da Educação.

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