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Educação para o trabalho

Aumentar a média de 10% de participação na aprendizagem ao longo da vida na União Europeia para 15% até 2010 é uma das metas a que se propõe o Conselho Europeu (CE), no relatório "Educação para o Trabalho - políticas de formação para a Europa". Para concretizar esta meta, o CE salienta a importância da formação no local de trabalho como uma parte da aprendizagem ao longo da vida. No entanto, a evidência sugere que a maior parte dos jovens que entram no mercado laboral colocam de lado a formação. Em 2001, cerca de 65% de trabalhadores com idades dos 19 aos 22 e 80% com 23 a 24 anos da União Europeia (UE), dizia não ter participado em nenhuma formação desde que empregado.
De acordo com o Observatório para a Formação Profissional Contínua, menos de 40% de homens e mulheres a exercer uma profissão participaram em 1999 em alguma acção de formação profissional, sendo que a pesquisa não incluiu os sectores da educação, saúde, serviços sociais e comunitários e agricultura (Fig.1).
A redução do número de jovens com baixas qualificações com idades entre os 18 e os 24 anos é também outra das metas a alcançar até 2010. Apesar do aumento do número que jovens que permanecem no sistema de ensino após o fim da escolaridade obrigatória, em 2001 na UE, cerca de 45% de jovens entre os 19 e os 22 anos e dois terços com 23 e 24 anos não frequentavam o sistema de ensino nem qualquer tipo de formação.  Na maioria dos países, a taxa de abandono escolar é significativamente maior entre os jovens do sexo masculino do que feminino. Pelo contrário, a maioria dos jovens do sexo masculino com baixa qualificação e sem estar a frequentar qualquer tipo de formação estavam a exercer uma profissão, metade das jovens em iguais circunstâncias estava desempregada ou não fazia parte da força de trabalho [inactiva, ainda sem conseguir emprego] (Fig.2).
A tónica do relatório aponta para a necessidade de aumentar a participação em acções de formação contínua entre os empregados e impedir que os jovens deixem os sistemas de ensino logo após o fim do ensino obrigatório, ou pior, antes. No entanto, há ainda uma chamada de atenção para este facto: a necessidade de aumentar as qualificações pedidas em empregos onde tradicionalmente não são requeridas formações específicas ou diferenciadas e por isso são considerados lugares de baixa qualificação. O objectivo, de acordo com o relatório, será o de aumentar o valor e a importância social de profissões que desse ponto de vista ainda são pouco valorizadas e impedir que se extingam por gorarem as expectativas dos jovens qualificados.

Fig. 1 - Participação em formação contínua de homens e mulheres a trabalhar em empresas em 1999.

 

Bel

Din

Ale

Gre

Esp

Fra

Irl

Lux

Hol

Aus

Por

Fin

Sue

Rei

UE

H

41%

52%

35%

15%

26%

48%

40%

34%

44%

31%

18%

48%

60%

50%

40%

M

41%

55%

29%

17%

27%

45%

44%

39%

36%

32%

18%

53%

61%

47%

37%

Fig. 2 - Participação em formação de homens e mulheres com idades entre 19-22 em formação de acordo com a situação laboral

(Nota do WebMaster: Na edição digital não são apresentadas as imagens incluidas na edição em papel e em PDF)


  
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Edição:

N.º 143
Ano 14, Março 2005

Autoria:

Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação

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