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França apresenta projecto de grande reforma

SISTEMA EDUCATIVO

Uma educação básica reforçada, professores mais dedicados e antecipação da frequência da escolaridade obrigatória são algumas das propostas constantes no relatório ?para o futuro da escola? apresentado recentemente pelo governo francês como base para uma reforma do sistema educativo daquele país que o executivo deseja implementar a partir do ano lectivo 2006-2007.
O relatório Thelot, cognome do presidente da comissão que o elaborou há um ano, Claude Thelot, será a base desta reforma, que já começou a despertar críticas no meio, vista como uma retoma de métodos obsoletos. Ao receber o relatório, o primeiro-ministro Jean Pierre Raffarin insistiu no carácter "prioritário" desta reforma, que será debatida pelo executivo conservador em "Dezembro ou Janeiro", antes de passar para o Parlamento. A tendência é que substitua as normas aprovadas pelo governo socialista em 1989.
O documento propõe oito programas de acção com o objectivo de educar, instruir, integrar e promover. Assim, a escolaridade obrigatória passará a ter início aos cinco anos de idade, período no qual os alunos deverão reunir competências básicas, nas quais se incluem utilizar um computador e compreender o inglês básico. A comissão propõe a valorização do ensino profissional e a criação de um estatuto dos alunos equivalente ao de ?aprendizes?. Nesse sentido, propõe-se também que se ajude os alunos a criar um projecto pessoal de formação adequado ao perfil e vocação dos alunos.
Além disso pretende-se também ?redefinir o papel do professor?, fazendo com que estes passem mais tempo na escola de forma a ?educar, acompanhar e orientar? os alunos, com um consequente aumento da remuneração.
Finalmente, o relatório Thelot propõe a ?construção de uma educação em concertação com os pais ao serviço do sucesso educativo dos alunos? e o desenvolvimento de partenariados exteriores, implicando nesta tarefa associações, empresas, comunicação social, serviços médicos e sociais, polícia e justiça.


  
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Edição:

N.º 139
Ano 13, Novembro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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