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Jovens americanos desconhecem a realidade mundial

IGNORÂNCIA

De acordo com estudos realizados após os atentados de Nova Iorque, em 11 de Setembro de 2001, e divulgados recentemente, uma percentagem significativa dos jovens americanos tem um grau elevado de desconhecimento do mundo e das suas culturas, sendo particularmente alarmante no que se refere ao continente asiático, onde vive mais de 60% da população do globo.
Assim, de acordo com um inquérito realizado pela ?Asia Society? - uma instituição com sede em Nova Iorque que se dedica a melhorar a compreensão e a comunicação entre os americanos e os povos da Ásia e do Pacífico ? e por instituições congéneres, quatro em cada dez estudantes não sabe, por exemplo, qual o oceano que separa os Estados Unidos da Ásia, ao passo que oito estudantes em cada dez não sabem que a Índia é a maior democracia do mundo ou que Mao Zedong é o fundador da República Popular da China. Os estudos mostram, no entanto, que também os professores estão pouco conscientes da realidade contemporânea.
?Os atentados funcionaram como uma alerta tanto para os alunos como para os educadores para que estes preencham as suas lacunas no que se refere ao conhecimento do mundo?, diz Michael Levine, um dos responsáveis da ?Asia Society?. Nesse sentido, alguns programas educativos foram introduzidos depois de 2001 nas escolas americanas com o objectivo de promover o conhecimento do mundo. Entre eles figuram formações na área das línguas e culturas chinesa, japonesa, russa e italiana e sobre a história do mundo, tendo diversos estados americanos incluído nos seus programas educativos estudos generalistas sobre a Ásia, a África, a América Latina, o Médio Oriente e questões de interesse mundial. No entanto, apesar de o interesse por estas questões ter conhecido um aumento significativo, estas formações ainda não estão generalizadas a todo o território americano.
?Se os jovens americanos querem assumir no futuro o papel de dirigentes do mundo, eles deverão conhecer não só as tecnologias do século XXI mas também um conhecimento aprofundado das outras culturas?, afirma Stephanie Bell-Rose, presidente da Fundação Goldman Sachs.
Para o presidente da ?Asia Society?, Nicholas Platt, a globalização justifica um conhecimento acrescido das regiões do mundo, das suas culturas e das suas línguas, sublinha num recente artigo de opinião publicado no Financial Times, afirmando que ?o conhecimento do mundo não pode mais ser encarado como um luxo, mas como uma necessidade?.


  
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Edição:

N.º 139
Ano 13, Novembro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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