EUA-POBREZA
Mais de um quarto das famílias trabalhadoras dos Estados Unidos, cerca de 39 milhões de pessoas, tem dificuldade em dar resposta às suas necessidades básicas e é classificada como pobre, afirma um relatório, realizado pelas fundações Annie E. Casey, Ford e Rockefeller, divulgado recentemente. Apesar de o documento evitar atribuir culpas a qualquer um dos dois partidos que têm assumido o poder naquele país, ele refere que a sociedade americana ?não deu os passos adequados para garantir que estes trabalhadores possam cumprir as suas metas e construir um futuro para as famílias". De acordo com as conclusões do estudo, um total de 28 milhões de empregos, quase 25% do mercado de trabalho no país, não chegam para assegurar o rendimento necessário a uma família de quatro pessoas acima do nível da pobreza. E mesmo alcançar o ensino secundário já não é por si só uma garantia contra a pobreza, já que 3,9 milhões de famílias que auferem baixos salários incluem pelo menos um elemento mais qualificado, de acordo com o relatório. Segundo os padrões do governo americano, para ser considerada uma família com baixo rendimento um agregado familiar de quatro pessoas deveria ter recebido em 2002 menos de 36.784 dólares. O rendimento médio para o mesmo tipo de família seria este ano de 62.732 dólares. A maioria destas famílias trabalhadoras pobres (53%) são constituídas por casais, enquanto 47% são famílias monoparentais, onde se incluem 20 milhões de menores, seis milhões dos quais vivem oficialmente abaixo da linha da pobreza. Os economistas atribuem a difícil situação dos trabalhadores pobres a uma constante queda do número de empregos na indústria, relativamente bem remunerados e com menor exigência de qualificações.
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