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O fim da pobreza nos países subdesenvolvidos

EDUCAÇÃO

Uma recomendação importante aos alunos portugueses que pensem fazer algum tipo de curso de licenciatura, pós-graduação, mestrado ou mesmo doutoramento no Brasil, é que se informem e analisem bem a instituição de ensino a que se candidatam. É comum, um aluno de licenciatura no Brasil, estudar quatro ou cinco anos e depois não ver a sua licenciatura oficialmente reconhecida. A justiça brasileira pouco se importa. Os processos de pedido de validação dos cursos arrastam-se e chegam a demorar dez anos.

Existe um consenso mundial. Quanto mais culto um povo, menos pobre será. Apesar dessa visão ser global percebemos ao redor do mundo o abandono e o descaso com que é tratada a educação.
Em países em crescimento e subdesenvolvimento esse problema ainda é mais evidente. Educação de ponta, educação verdadeiramente voltada para o sucesso profissional é para poucos. Apenas alguns privilegiados têm acesso à educação com um nível próximo do aceitável. Na grande maioria dos casos o pacto de mediocridade impera. O professor finge ensinar, a instituição académica finge que acredita e o aluno aplaude essa situação, pensando, que quanto menos trabalho tiver, menos esforço, melhor.
A exemplo de países como o Brasil que nos últimos anos percebeu uma explosão de instituições particulares de ensino superior, fez com que a procura de alunos e a concorrência entre escolas, aumentasse em níveis assustadores. Esse factor reduziu automaticamente a exigência das universidades pela selecção de seus alunos e o impacto no ensino foi inevitavelmente catastrófico.
O aluno começa seus estudos em uma universidade, sem maturidade para tal. Não sabe exactamente o que quer, ou a que veio. Fica frustrado com o nível de exigência encontrado e muitas vezes tem seu diploma não reconhecido oficialmente.  Esse fenómeno ocorre, pelo grande número de faculdades que iniciaram suas actividades sem seu devido reconhecimento pelo Ministério da Educação, MEC, Brasil.  As instituições públicas por sua vez enfrentam problemas ainda mais sofríveis nesse país. Atraso no pagamento dos funcionários, professores, pouca verba para pesquisa, ocasionando evasão de cérebros e outros factores que fazem com que cada vez mais se abra menos vagas nas universidades públicas brasileiras. Uma informação importante aos alunos portugueses que gostariam de fazer algum tipo de curso de licenciatura, pós-graduação ou mestrado no Brasil é a análise da instituição de ensino que o aluno for buscar. É comum aluno de licenciatura no Brasil estudar quatro ou cinco anos e não conseguir validar seu diploma.  A justiça brasileira pouco se importa com esses casos, a maioria das acções jurídicas, onde alunos pedem na justiça a validade de seus diplomas, pode levar até dez anos.
Para solucionar o problema da pobreza e de fato fazer com que países subdesenvolvidos ou em crescimento tenham educação de qualidade, será necessário mais do que esforço académico. Precisamos criar uma consciência mundial pela educação e pela erradicação da miséria, da pobreza e da inércia que muitos governos têm em relação à importância de seus povos.


  
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Edição:

N.º 139
Ano 13, Novembro 2004

Autoria:

Fabiano Silvestre
Jornalista, especializado em Tecnologia da informação Mestrando em Multimeios pela Unicamp
Fabiano Silvestre
Jornalista, especializado em Tecnologia da informação Mestrando em Multimeios pela Unicamp

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