ÀFRICA-ENSINO SUPERIORMais de uma centena de universitários africanos membros do Conselho Africano e Malgache para o Ensino Superior (CAMES) estiveram reunidos em Julho passado, em Coutonou, na ilha de Madagáscar, na 26ª sessão do Comité Consultivo Interafricano, encontro que se propôs, entre outros temas, a ?reflectir sobre a valorização dos diplomas africanos?, como explicou à AFP Kémoko Bagnan, ministro do Ensino Superior do Benin. Em África, os diplomas atribuídos pelas universidades raramente são reconhecidos noutras regiões do mundo, e em certos países, como a Nigéria ou a República Democrática do Congo, a atribuição de diplomas falsos é uma actividade recorrente, factores que contribuem para a má imagem do ensino superior africano. Outro dos objectivos do encontro passou por trabalhar novas orientações no ensino e na investigação em África e em Madagáscar com o objectivo de padronizar as formações oferecidas neste continente às normas internacionais. Criado em 23 de Janeiro de 1968, o CAMES tem por principal missão avaliar as aptidões pedagógicas e as competências científicas dos docentes e investigadores africanos que trabalham em colaboração com a França, a Bélgica e a Agência Universitária da Francofonia. Este organismo agrupa dezassete países africanos: Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Madagáscar, Mali, Níger, Ruanda, República Democrática do Congo, Senegal, Chade e Togo.
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