ESPANHA e PARIDADE

O primeiro projecto de lei aprovado pelo Executivo socialista espanhol tem como objectivo proteger as mulheres vítimas da violência de género, o que nas palavras do presidente Rodríguez Zapatero é "a maior vergonha do país". "Por isso, quero que seja a primeira lei, uma lei forte, com medidas duras, com muitos recursos sociais para tentar aliviar e erradicar ao máximo possível essa mancha inconfessável", disse Zapatero numa entrevista publicada pelo jornal El Mundo.
Os 16 ministros de Zapatero, entre eles oito mulheres, estudaram um projecto de lei "contra a violência de género" a ser submetido à Câmara dos Deputados no dia 30 de Junho.
O governo de Zapatero examinou o "projecto de lei completo contra a violência doméstica", não só para prevenir estes casos, mas também para garantir a protecção e a sobrevivência das vítimas.
Em 2003, morreram 68 mulheres por actos de violência doméstica, praticados por maridos ou companheiros das mulheres. Em 2004, já perderam a vida, em Espanha, 11 mulheres em tragédias semelhantes.
Entretanto, na formação do novo governo socialista, Luís Zapatero cumpriu a promessa de formar um governo respeitador da paridade de género. O Governo, de 16 membros, é composto por oito homens e oito mulheres e tem a seguinte formação:
Presidente do Governo: José Luis Rodríguez Zapatero. Primeira Vice-Presidente, ministra da Presidência e Porta-voz: María Teresa Fernândez de la Vega. Segundo Vice-Presidente e ministro da Economia e Finanças: Pedro Solbes. Relações Exteriores: Miguel Angel Moratinos. Interior: José Antonio Alonso. Defesa: José Bono. Indústria, Comércio e Turismo: José Montilla. Justiça: Juan Fernando López Aguilar.Trabalho e Assuntos Sociais: Jesús Caldera. Cultura: Carmen Calvo. Educação: María Jesús Sansegundo. Saúde: Elena Salgado. Agricultura e Pesca: Elena Espinosa. Meio Ambiente: Cristina Narbona. Habitação: María Antonia Trujillo. Desenvolvimento: Magdalena Alvarez. Administração Pública: Jordi Sevilla.