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Brasil admite na ONU que ainda não erradicou a escravidão?

DIREITOS HUMANOS

O governo brasileiro admitiu recentemente em Genebra que ainda existem no país "situações semelhantes à escravidão que afectam cerca de 25 mil pessoas adultas". O embaixador Tadeu Valadares afirmou perante o Comité para a Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas que, "apesar de termos eliminado a escravidão em 1888, calculamos em 25 mil o número das pessoas que estão actualmente submetidas a formas contemporâneas de escravidão, e vamos libertá-las, como fizemos com 5.400 pessoas em 2003".
?e quer combater desigualdade
De acordo com números oficiais, existem no Brasil 20 milhões de analfabetos e a proporção é maior entre negros e índios, referiu na ONU Douglas Martins Souza, que integra a delegação brasileira naquele organismo internacional, assegurando que o actual governo de Lula da Silva conta resolver estas desigualdades num período máximo de três anos.
"As condutas racistas estão definidas no nosso Código Penal, como o impedimento, por preconceitos raciais, do exercício das liberdades civis e sociais, e iremos instaurar o princípio da igualdade racial num projecto de lei que está a ser objecto de análise no Congresso", acrescentou o deputado.
No Brasil vivem entre 400.000 e 500.000 índios em 600 regiões diferentes, que falam cerca de 100 línguas e dialectos. O governo propõe-se integrá-las num plano que respeite as suas culturas a partir de uma educação bilingue.


  
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Edição:

N.º 133
Ano 13, Abril 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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