A oposição democrata norte-americana acusa o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de conduzir o país ao isolamento e de criar um novo "Eixo do Mal" devido às políticas anunciadas durante o seu discurso anual sobre o Estado da União perante o Congresso.
A defesa da guerra contra o Iraque e a ofensiva global contra o terrorismo, lançada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova iorque e Washington, ocuparam um lugar central na comunicação do presidente.
Para muitos, o discurso de Bush funcionou como pontapé de saída para a campanha de reeleição, um dia depois de os democratas terem começado a corrida interna para apontar o adversário do chefe de Governo republicano nas eleições  presidenciais de Novembro.
O general Wesley Clark, aspirante à candidatura presidencial democrata, disse que Bush criou o seu próprio "Eixo do Mal", aludindo à expressão utilizada pelo mandatário do actual presidente num discurso de 2001 sobre os países hostis a  Washington.
"Este é um conjunto de políticas fiscais que ameaçam o nosso próprio futuro (...) políticas externas que ameaçam a nossa segurança e políticas internas que colocam as famílias em último lugar", afirmou o general num comunicado de imprensa.
Por sua vez, a líder democrata na Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, questinou o custo humano e financeiro da invasão do Iraque, realizada no último ano, referindo que Bush tem vindo a "desenvolver uma política internacional que nos deixa isolados  do exterior e que retira margem aos recursos necessários para a educaação e para a saúde".
"A consequência da guerra é que os contribuintes americanos estão a pagar  uma soma colossal de 120 mil milhões de dólares, que só aumenta. Mas mais grave do que o custo económico são os custos em termos humanos, com 500 militares mortos e milhares de feridos", afirmou a democrata.