Um partido radical ultra-católico polaco apresentou recentemente no parlamento daquele país um projecto que visa erradicar os homossexuais do sistema educativo, considerando-os como indivíduos ?desviantes? e ?doentes?. ?A nossa proposta fecharia as portas da docência às pessoas que declarem publicamente uma orientação sexual diferente?, declarou perante a Comissão Parlamentar de Educação Andrzej, deputado da Liga das Famílias Polacas (LPR) ? partido ultra-nacionalista e anti-europeu, que conta com 26 lugares num parlamento com assento para 460 deputados. ?Não existe semelhante coisa como uma orientação sexual diferente, o que existe são desvios e doenças ?, referiu Federowicz, declarando ser necessário proteger a juventude polaca contra tais desvios. ?É como se um daltónico nos tentasse ensinar as cores ". A proposta do LPR pretendia alterar a carta escolar polaca no sentido de os professores prepararem os jovens para a vida em casal entre homem e mulher, entendida, na opinião deste partido, como a única ligação legítima entre duas pessoas. ?O fundamentalismo religioso é o maior perigo para a democracia. Proponho que esta moção seja rejeitada com um voto de profundo pesar?, respondeu a deputada da Aliança da Esquerda Democrática (SLD, no poder), Bronislawa Kowalska. Curiosamente, apesar de o partido de Federowicz representar pouco mais do que 4% do total de deputados no parlamento, a Comissão Parlamentar de Educação rejeitou a proposta com apenas 16 votos contra cinco e uma abstenção.
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