EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS NO MUNDO
A igualdade na escola entre rapazes e raparigas será a prioridade da ajuda concedida ao desenvolvimento em 2005, como forma de reverter a discriminação sofrida pelas meninas nos países mais pobres, advertiu a UNICEF no seu relatório anual "A situação das crianças no mundo".
"A educação básica para todos" e a "igualdade entre meninos e meninas" fazem parte dos objectivos de desenvolvimento para o milénio a serem alcançados até 2015. Os 191 Estados membros da ONU já se comprometeram com essas metas, assim como empenhar-se na erradicação da fome e na diminuição da mortalidade infantil. A "escola para todos", apresenta-se como um objectivo muito distante, principalmente nos países mais pobres, segundo os números da UNICEF.
A disparidade varia segundo as regiões geográficas. No mundo, 121 milhões de crianças não frequenta a escola. Desse total, mais da metade são meninas. Nos países industrializados, 96% dos meninos e 97% das meninas estão escolarizados, e as meninas permanecem, inclusivamente, mais tempo na escola do que os meninos. Nos países sub-saharianos, apenas 62% dos meninos e 57% das meninas têm acesso à escola.
Em relação ao mundo árabe, apesar de alguns progressos no sector da educação, 70 milhões de pessoas ainda são analfabetas, dois terços dos quais são mulheres e crianças. O Egipto possui 17 milhões de analfabetos, enquanto que 70% do total está concentrado em quatro países: Sudão, Argélia, Marrocos e Iémen.
Segundo este relatório, a taxa de escolarização registou uma subida de 10% entre 1980 e 1996, e passou de 75 a 85% no mundo árabe, onde a população total se aproxima dos 300 milhões de pessoas.
A UNICEF lamenta ainda a "falta de financiamento?. Com algumas excepções, os países industrializados e as instituições financeiras internacionais não fizeram investimentos na educação que permitissem às meninas dos países em desenvolvimento ir à escola e terminar os estudos".
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