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ONU considera urgente investir no futuro dos adolescentes

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, sigla em inglês) considera "urgente" investir no futuro da maior geração de adolescentes da história, estimada em cerca de 1,2 mil milhões de crianças e jovens - o equivalente à população da China - para evitar que se agravem problemas como a Sida ou a pobreza. "Do total de habitantes do planeta, quase metade tem menos de 25 anos e 20% é constituído por adolescentes entre os 10 e os 19 anos de idade", refere o UNFPA no seu relatório de 2003 sobre a população mundial. "É a maior geração de jovens que já existiu no mundo", destaca o documento, onde se refere que "87% dos adolescentes vive em países em desenvolvimento".
De acordo com os dados divulgados por este organismo, 238 milhões de jovens - quase um em cada quatro - vivem na extrema pobreza" e entre 100 e 250 milhões vive nas ruas, metade deles na América Latina. E este número, salientam os autores do estudo, "está a aumentar rapidamente".
Segundo o UNPFA, destes 238 milhões, 77% vive em onze países de grande dimensão", entre eles a Índia, a China, o Brasil e o México.
O documento destaca ainda que a cada 14 segundos um jovem é infectado pelo HIV e representam quase metade dos novos casos de infecção por HIV em todo o mundo. Os jovens são especialmente vulneráveis face ao vírus porque a exploração sexual atinge grandes proporções neste sector etário, em especial nas raparigas, e "apenas uma pequena percentagem tem conhecimento de que está infectado".
Os "riscos adicionais" para as mulheres são outra das preocupações da UNPFA, lembrando que nos países em desenvolvimento 82 milhões de meninas que hoje têm entre 10 e 17 anos já estarão casadas antes de completar 18 anos e que cerca de 14 milhões de adolescentes entre os 15 e os 19 anos dão à luz todos os anos.
"É importante que os governos intensifiquem as suas acções para atingir os objectivos internacionais de desenvolvimento e cumprir os compromissos assumidos com os jovens", dizem os autores do estudo, referindo que "os investimentos em saúde e educação estão entre as despesas de maior eficácia para o desenvolvimento".


  
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Edição:

N.º 128
Ano 12, Novembro 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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