04.07
Tecnologias são mal aproveitadas

Os estudantes portugueses aproveitam mal as potencialidades das novas tecnologias, reduzindo a sua utilização aos jogos, processamento de texto e, nos anos de escolaridade mais avançados, pesquisa na Internet, lamentou ontem o ministro da Educação. A avaliação de David Justino baseia-se nos resultados de um estudo do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento intitulado "As tecnologias de informação e comunicação: utilização pelos alunos". Os dados revelam que o telemóvel é o equipamento tecnológico mais disseminado junto dos jovens portugueses: 92 por cento dos alunos do 11.° ano possuem este dispositivo, enquanto 72 por cento tem computador, uma diferença percentual constante desde o 6.° ano.

10.07
Propinas aumentam no mínimo 19,4%

As propinas do ensino superior vão aumentar no próximo ano lectivo, passando dos actuais 356 euros anuais para um montante mínimo de 425 (mais 19,4%) e um máximo de 770 euros (mais 116,3%) por ano, sendo fixadas de acordo com a natureza dos cursos.

10.07
Fenprof critica lei da Autonomia

As propostas do Governo para o Ensino Superior tendem a reduzir a democracia participativa na gestão das escolas. A Fenprof diz que o Governo apresentou uma proposta de lei da autonomia do Ensino Superior autoritária, visando a concentração de poderes nos reitores, presidentes de politécnicos e directores de escolas.

10.07
Muitas crianças ainda ficam de fora 

A rede de jardins-de-infância - faixa etária dos 3 aos 5 anos - em Portugal já atinge os 75 por cento, segundo dados do Núcleo de Educação Pré-Escolar do Departamento de Educação Básica. O objectivo é chegar aos cem por cento. Mas as assimetrias entre o litoral e o interior persistem.

10.07
Correio da manhã
Lei preocupa docentes

O dirigente da Fenprof Paulo Sucena defendeu ontem a realização de um "amplo e demorado debate" sobre a nova Lei de Bases da Educação. Após uma audiência com o Presidente da República, Jorge Sampaio, Paulo Sucena manifestou-se preocupado com algumas das normas da lei, considerando que "abre as portas à expansão do sector privado e ao seu favorecimento, em detrimento do sector público".

11.07
Alunos que acumulem chumbos serão afastados durante um ano

O aluno do ensino superior público que ultrapasse o limite de reprovações previsto na futura Lei de Financiamento do Ensino Superior, aprovada anteontem na especialidade, será afastado do seu curso, ou de qualquer outro, nos dois semestres seguintes. Ao todo, os estudantes poderão acumular, sem interrupção, seis inscrições para concluir uma licenciatura de quatro anos ou oito inscrições para terminar uma de cinco.

12.07
FUP traça cenário negro na formação de professores

A Fundação das Universidades Portuguesas (FUP), que avalia os cursos superiores, traça um cenário negro para as licenciaturas que formam professores nas áreas de Letras. Para a crise não se avolumar, o relatório de avaliação da FUP propõe a redução de cursos na mesma área geográfica, o levantamento do número de docentes necessários nos próximos dez anos para os ensinos Básico e Secundário e a reorganização dos estágios pedagógicos.

15.07
Revisão do novo Código do Trabalho exigido pela CIP

Por considerar que o acórdão do Tribunal Constitucional afectou de maneira "muito gravosa" o equilíbrio do documento, mormente no que se refere à caducidade das convenções, a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) quer a revisão do Código do Trabalho. A CIP, liderada por Francisco Van Zeller, defende também a revisão da Constituição Portuguesa, no sentido de a libertar "das fortes marcas marxistas-leninistas" para que seja efectivamente possível um "verdadeiro diálogo e negociação colectiva."

16.07
Número de professores desempregados cresce 90%

Os «docentes do ensino secundário, superior e profissões similares» foram a categoria profissional a registar o maior crescimento homólogo do desemprego, em Junho. Ao todo, no final do mês passado, encontravam-se inscritos nos centros de emprego 5.152 profissionais com habilitações para a docência, mais 90,6% do que o registado na mesma altura, há um ano atrás, revelam os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ontem divulgados.

19.07
Qualificados lideram nova vaga de emigrantes

Mais de metade dos emigrantes portugueses em 2002 possuíam o ensino secundário e superior e cerca de 63% situavam-se na faixa etária abaixo dos 29 anos. Os dados foram recentemente divulgados pelo INE, os quais mostram que a crise económica que o país atravessa e a escassez de emprego qualificado está a «empurrar» os jovens para a conquista de melhores condições de trabalho no estrangeiro.

19.07
Reitores criticam lei do financiamento

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) criticou ontem a "pressa" do poder político na lei de financiamento do ensino superior, uma situação que "pode prejudicar" as instituições. Após uma reunião da CRUP, que decorreu na Universidade dos Açores, Adriano Pimpão salientou que o ano lectivo começa em Setembro e as universidades portuguesas ainda não têm conhecimento formal da nova lei, aprovada este mês na comissão de Educação, Ciência e Cultura do parlamento

21.07
Ministério quer poupar 49 milhões de euros nas carreiras dos funcionários

Com a reorganização das carreiras do pessoal não-docente, o Ministério da Educação vai poupar cerca de 49 milhões de euros. Em vez dos 52,7 milhões necessários para pôr em prática o decreto-lei que prevê o estatuto profissional dos funcionários das escolas, o 515/99, a tutela calcula que despenderá apenas quatro milhões de euros na revalorização de carreiras e acções de formação.

22.07
Modelo de financiamento do Governo discrimina alunos das escolas profissionais

Os jovens e as famílias que optem pelas escolas profissionais serão «negativamente discriminados». Esta é uma das consequências do modelo de financiamento das escolas profissionais proposto pelo Governo, alerta o Conselho Nacional de Educação (CNE). Estas alterações «podem contribuir decisivamente para afastar das escolas profissionais a crescente procura, o que pode vir a ser prejudicial para o país». O relatório recorda que mais de 50% dos estudantes que concorrem a escolas profissionais não têm lugar assegurado.