No Iraque, sob a actual administração dos Estados Unidos da América, as forças militares ocupantes pulverizaram, com misseis, uma coluna de automóveis onde poderiam viajar Saddam Hussein e os seus dois filhos mais chegados. O ataque foi tão devastador que os serviços secretos norte-americanos tiveram de fazer testes ao ADN dos cadáveres para eventual confirmação (ainda não divulgada) da morte de Saddam e filhos. Os alvos teriam sido identificados por escuta telefónica. Ao que parece, os serviços secretos norte-americanos terão interceptado conversas telefónicas, via satélite, que indiciariam a presença de Saddam no comboio de automóveis que viria a ser bombardeado. Na dúvida, a opção foi o ataque devastador. As forças militares ocupantes do Iraque dispararam a matar antes de saber quem seguia nos automóveis transformados em alvo. Mesmo que um dos passageiros fosse Saddam Hussein, seria sempre mais civilizado julgá-lo antes de o executar numa morte inapelável. Que diferença existe entre um acto desta natureza e a explosão de um carro armadilhado, contra incertos, numa qualquer capital de um país ocidental? Tudo isto é assustador... Tudo isto é tão assustador que até parece legítimo sentir medo a sublinhar notícias que possam desagradar a quem, como a administração dos Estados Unidos da América, tem o absoluto poder da vida e da morte sobre os outros. Sensivelmente na mesma altura, o presidente dos Estados Unidos da América insinuava que a coligação ocupante do Iraque não encontrou armas de destruição no país porque os iraquianos as teriam destruído antes da guerra começar.
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