Mulheres latino-americanas têm menor acesso ao trabalho e ganham menos
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As mulheres latino-americanas e caribenhas avançaram significativamente em matéria de igualdade de género na última década mas ainda têm menor acesso ao mercado de trabalho e ganham menos do que os homens, indica um relatório do Banco Mundial divulgado precisamente no Dia Internacional da Mulher. Intitulado "Desafios e oportunidades para a igualdade de género na América Latina e Caraíbas" o documento assinala ainda que se registaram progressos no acesso à educação e na taxa de escolarização das mulheres. Apesar deste avanço, resta muito a fazer em matéria de pobreza, exclusão social, saúde reprodutiva e protecção contra a violência doméstica. Uma das principais conclusões do relatório refere que a participação das mulheres no mercado de trabalho continua a ser inferior à dos homens: 56% no Brasil e na Colômbia, 55% no Peru, 44% no Chile e 43% no México. Nos homens essa taxa eleva-se aos 88%. Embora a diferença salarial tenha diminuído em muitos países, como as Honduras, a Venezuela, o Brasil, a Colômbia, a Argentina e o México, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os países da região, excepto na Costa Rica. E as discrepâncias são significantes: na Argentina as mulheres ganham 98% menos do que os homens, no México 89%, na Colômbia 84%, no Peru 80%, no Brasil e no Chile 77%, em El Salvador 74% e na Nicarágua 64%. De acordo com o relatório do Banco Mundial, este fenómeno resulta em grande parte da ampla participação das mulheres no sector dos serviços, geralmente o mais mal pago. A situação torna-se mais difícil para as mulheres que vivem nas áreas rurais, onde a taxa de fertilidade é maior, um grande número de pessoas depende delas e o acesso à terra é difícil. Porém, neste último capítulo registaram-se também alguns progressos significativos em países como a Colômbia, a Costa Rica, as Honduras, a Nicarágua, o Chile e El Salvador. O México é o país onde as mulheres detêm menor parcela de terra: apenas 21%.
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Ficha do Artigo
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Edição:
Ano 12, Abril 2003
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Autoria:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil
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