"O estudo [do
ranking de escolas] divulgado na semana passada "confunde e engana",
presta "um mau serviço a todos os que empenhadamente se preocupam com a
qualidade do ensino", contém "diversos erros científicos" e "compara
o que não é comparável"".
Secretariado Inter-Associações de Professores
Público, 17.10
A Federação Nacional dos Professores considera que fazer rankings das escolas
é transformar o ensino numa espécie de campeonato de futebol de "primeira,
segunda e terceira divisão". (...) A federação concorda que seja
feita uma avaliação das escolas, que sejam elaborados estudos para determinarem
a necessidade de intervir nas escolas com fracos resultados, mas discorda que
o ensino seja transformado num campeonato de futebol".
Federação Nacional de Professores
Lusa on-line, 07.10
A ex-secretária de Estado da Educação, Ana Benavente, criticou os `rankings'
das escolas, por «não ser a forma mais inteligente de conhecer o sistema educativo»
e por comparar o incomparável. (...) Na opinião de Ana Benavente, os "rankings"
das escolas são «uma espécie de novoriquismo dos liberais» .
Ana Benavente, ex-secretária de Estado da Educação
Diário Económico, 07.10
"(...) o ?ranking? das escolas, tal como é feito, "nada traz de
positivo".
Vitor Sarmento
presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais
Diário Económico, 07.10
"Estou profundamente chocada com isto. Atirar estes dados cá para fora
é de uma irresponsabilidade total. (...) Tudo isto é uma completa aberração,
e o Ministério está a prestar um péssimo serviço à educação e ao País"
Manuela Teixeira
secretária-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação
Correio da Manhã, 08.10
"(...) Esta [publicação do ranking de escolas] foi uma primeira aproximação, um primeiro exercício e,
como tal, vale o que vale. (...) No entanto, tirar conclusões deste estudo exige
cuidado, porque há de facto disparidades num mesmo concelho que têm de ser consideradas
e que o estudo não considera".
David Justino, ministro da Educação
Público, 06.10
"Quando uma tutela avalia as escolas para fazer um ranking tem de saber
medir as consequências. Já hoje ouvi pais a perguntarem como podem transferir
os seus filhos para outras escolas melhores".
Luísa Mesquita, deputada do Partido Comunista Português
A Capital, 08.10
"Não é justo comparar escolas oficiais com particulares. As do sector
privado, ao contrário das do sector público, podem escolher os professores,
e os alunos são seleccionados, quer pelas suas capacidades quer pelas condições
económicas dos pais".
Maria Manuel Calvet Ricardo
professora de Ciências da Educação na Universidade Lusófona
Visão, 10.10
"A obsessão do actual Ministério da Educação com os rankings de
escolas secundárias a partir das notas do 12º ano teve apenas dois efeitos,
ambos negativos: acabar com a avaliação integrada e multidimensional conduzida
pela Inspecção-Geral, assim demonstrando uma enorme irresponsabilidade institucional
e dando uma machadada fatal na avaliação das e com as escolas; confundir a opinião
pública e as famílias, com informação parcelar e distorcida".
Augusto Santos Silva, ex-ministro da Educação
Público, 12.10
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